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Enviada em: 27/09/2018

No Contrato Social proposto por Jean Jacques Rousseau, o homem é bom e dotado de virtudes porém, o convívio em sociedade o corrompe. Tal pensamento nos permite refletir acerca das raízes da violência urbana no Brasil. A falta de investimento na educação atrelada ao crescente tráfico de drogas,  refletem essa questão.      Em primeiro plano, de acordo com o filósofo e pedagogo Paulo Freire, quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor. Diante disso, é importante ressaltar que a violência urbana deriva de problemas estruturais centrados na evasão escolar. Sob esse viés, é evidente que a escola por não estar cumprindo seu papel de libertadora social, tem levado muitos jovens ao abandono escolar. Dessa forma, seguindo a lógica capitalista, a baixa escolaridade marginaliza o indivíduo do mercado de trabalho. Com isso, sem perspectivas de ascensão econômica e social, o jovem sem formação escolar é propenso à criminalidade.           Ademais, segundo a socióloga americana Fiona Macaulay, as facções criminosas se alimentam das falhas do estado. Diante dessa perspectiva, é notório que o tráfico de drogas corrobora para a ascensão da violência em nosso país. Prova disso é que segundo o G1, o mercado das drogas e responsável por 77% dos homicídios no Brasil. Nesse âmbito de criminalidade e violência, adolescentes são usados pelo narcotráfico em decorrência de sua imputabilidade penal. Logo, o descaso governamental em desestruturar tais gangues, perpetua a problemática da violência em nosso país.    Diante desse contexto, torna-se necessária a adoção de medidas. Portanto, é essencial que o Ministério da Educação promova o ensino técnico e profissionalizante com apoio de auxílio socioeconômico para jovens em situação de pobreza. Com isso, promovendo a ascensão social por meio da educação. Além disso, é necessário que o Estado invista em medidas de segurança pública com o aumento do policiamento.