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Enviada em: 05/10/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um indivíduo se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando observa-se o desafios ao combate da violência urbana, no Brasil, hodiernamente verifica-se que essa ideologia iluminista é vista apenas na teoria e não desejavelmente na prática. Dessa forma, a problemática persiste intrinsecamente ligada a realidade do país, seja pela falta de interações familiares provenientes do sistema trabalhista capitalista, seja pela irrelevância governamental com as comunidades carente brasileiras. Diante disso, é cabível analisar as razões que levam esses fatores.     Em primeiro lugar, segundo Zygmunt Bauman, a sociedade contemporânea vive em reflexo de uma modernidade líquida, na qual os interesses de jogos de valores interferem no modo como cada pessoa interage, fundando espécies com sentimentos afrouxados e maleáveis, com pouca sustentabilidade nas suas ações. Assim sendo, as interações familiares cotidianas (pais) comprovam essa tese, ao destacar a pouca interação emocional e social na vida dos seus filhos, em consequência da vida movimentada, pelos afazeres trabalhistas. Desse modo, muitos jovens ficam a mercê de cuidados paternos e acabam adquirindo características agressivas, usando da violência como válvula de escape para expandir sentimentos aflorados presentes no intelecto individual.    Ademais, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o Brasil é sétimo país mais violento do mundo.Tal consequência, se deve pela falta de atenção governamental com os indivíduos provenientes na maioria das vezes de comunidades carentes, que são marginalizados pela falta de oportunidade e acesso a projetos inclusivos de ascensão social. Com isso, muitos jovens enxergam na rebeldia e agressão as únicas formas de "justiça" contra o estado e se aliam as drogas e roubos na tentativa de uma melhoria de vida, prova disse é que nas favelas, onde vivem 22% da população, a taxa de assassinatos é de 14 a cada cem mil habitantes, com base no site Extra.    Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Destarte, o Governo em parceria com o Ministério das Cidades, deve fornecer mais projetos inclusivos e educacionais que atendam as principais comunidades carentes brasileiras, para que através de instrumentos esportivos e educativos o nível de marginalização diminua e consequentemente os índices de violência também. Outrossim, a família (pais) através do diálogo, devem instruir os seus filhos através de uma maior participação afetiva na vida social e emocional, dando exemplos de boa conduta, para que eles cresçam sabendo da importância da valorização dos direitos humanas na sociedade e nas relações socioafetivas e dessa foma almejem o respeito com apreciação aos indivíduos que se relacionarem.