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Enviada em: 13/10/2018

Na Antiguidade, a cidade de Roma possuía alto índice de violência, visto que não foi urbanizada de forma planejada. Hodiernamente, a violência urbana no Brasil cresce exponencialmente, devido à falta de políticas públicas que visem a ressocialização dos marginalizados e à grande desigualdade social.   Inicialmente, é importante evidenciar a negligência estatal no que tange à medidas as quais reintegrem os excluídos à sociedade. Segundo o filósofo Foucault, a disciplina deve ser uma ferramenta imprescindível para minimizar a marginalização. No entanto, essa teoria não ocorre na prática, haja vista o crescimento cada vez maior da violência urbana, mesmo após o indivíduo já ter sido penalizado. Desse modo, a criminalidade não é minimizada, gerando insegurança à população.   Além disso, a desigualdade de classes existente é um fator favorável ao aumento do índice da violência urbana. Isso ocorre porque os indivíduos de classe baixa muitas vezes são privados de ter acesso à serviços básicos como saúde, educação e moradia, caracterizando uma sociedade desigual, situação que pode ser explicada por Karl Marx, o qual afirma que a falta de distribuição de renda gera um alto contraste no âmbito social. Dessa forma, os menos favorecidos inserem-se à criminalidade, gerando uma sociedade segregada.   Diante dos fatos supracitados, fica evidente que a violência urbana no Brasil possui desafios. Portanto, é necessário que o Estado promova medidas de reinserção social aos marginalizados, por meio de geração de empregos e oportunidades para concluírem o ensino básico ou ingressarem no superior, a fim de garantir condições de vida mais dignas à essas pessoas, diminuindo o número de transgressões no país. Ademais, o Estado deve oferecer maior qualidade nos serviços básicos, por meio de melhorias na infraestrutura desses locais, com o intuito de diminuir a desigualdade e, consequentemente, a criminalidade. Assim, será possível obter um país menos violento, divergindo do modelo da Roma antiga.