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Enviada em: 15/10/2018

No ano vigente, o adolescente Marcos Vinicius de 14 anos foi morto, ainda com uniforme escolar, quando voltava da escola, em uma operação policial na Maré, comunidade do Rio de Janeiro. Tal fato exemplifica a difícil realidade das cidades brasileiras que convivem com a violência diária. Outrossim, a problemática que possui constituintes históricas e atuais, é um efeito da ausência do Estado na unidade federativa.   A priori, uma análise histórica a cerca da urbanização brasileira se faz necessária. Desde a mecanização do campo, o desemprego estrutural fez com que indivíduos, a procura de trabalho, escolhessem a cidade em detrimento da área rural. Esse fluxo migratório não foi acompanhado pelo Estado que, por incompetência administrativa, não soube acomodar a população dando-lhes condições dignas para sobreviver. A exemplo disso, as favelas formadas onde o Estado não conseguia atuar, que foram derrubadas no Rio de Janeiro, na reforma ''bota abaixo'' do prefeito Perreira Passos. Contudo, ainda na contemporaneidade, o Estado não consegue promover igualdade social fazendo com que a população de baixa renda ocupe locais a mercê do poder paralelo. Assim, por falta de educação, saúde e cultura, uma parcela da juventude brasileira filia-se ao crime, tornando o ciclo da violência cada vez mais longe do fim. Dessa forma, é inegável a importância da historia para a compreensão do tema.    Outro fator a ser averiguado é a corrupção na política brasileira. De acordo com Nicolau Maquiavel os homens perpetuam seus atos através de seus interesses. Sob esse viés, alguns demiurgos governam o país atendendo seu proveito em detrimento da nação. Assim, as verbas destinadas a educação, saúde e segurança pública são desviados para ganho pessoal construindo fatores que culminam na crescente violência urbana. A exemplo disso, o traficante preso ''Nem da Rocinha'' que, declarou ter adentrado a criminalidade porque sua filha necessitava de cuidados médicos que o Sistema Único de Saúde  deveria fornecer, mas não forneceu. Dessa maneira, é indubitável a contribuição da corrupção para o impasse.    Portanto, diante dos fatos supracitados, a violência urbana ocorre devido a falha estatal. Então, cabe aos ativistas políticos realizar protestos pacíficos, em frente a órgãos públicos, exigindo o cumprimento da Constituição vigente que assegura, entre outros, segurança pública para o tecido social. Além disso, Ongs e empresas privadas devem criar campanhas onde realizar-se-á trabalhos comunitário, visando levar educação e cultura em locais negligenciados pelo Poder Público, com a realização de oficinas e debates. Desse modo, a criação de um corpo social sem violência e com equidade deixará de ser utopia na sociedade brasileira.