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Enviada em: 16/10/2018

Após o fim da ditadura militar o Brasil iniciou um processo de redemocratização que busca dar ao povo todo poder, reforçado pela constituição de 1988 que tem como objetivo fundamental a criação de uma sociedade “livre, justa e solidária”. No entanto ao se analisar a questão da violência urbana no país, nota-se que a real democracia e a tão ansiada liberdade estão longe de ser alcançadas. Nesse âmbito, convém analisar os principais fatores que contribuem para tal postura negligente à nossa sociedade.  Em primeira análise, a violência existente nos centros urbanos tem raízes na falha das políticas sociais vigentes. O mapa da violência pode ser comparado com o mapa social evidenciando que em locais carentes de investimento governamental e áreas de alta vulnerabilidade a violência é maior. Isso é explicado pela falta de perspectiva de emprego e estudos, o que faz com que jovens recorram a meios ilícitos de se sustentar, partindo para a criminalidade. Por conseguinte, gerando mais violência. Consoante a isso, segundo Immanuel kant, “é no problema da educação que se assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade”. Logo, investimentos em educação e capacitação profissional devem ser prioridades do Estado.   Em segundo plano, não há no Brasil a valorização do funcionário público encarregado da segurança. Cerca de 500 policiais são mortos no país todos os anos vítimas de violência e, além disso, eles não contam com uma remuneração justa, programas de reciclagem -treinamentos além do inicial- ou equipamentos de primeira linha -os bandidos dispõem de força bélica maior que os policiais-. Toda essa situação agrava ainda mais a questão da segurança na nação, tendo em vista que o cenário corrobora com a falta de estímulos para combater o crime e medo por parte dos policiais de chegarem até a raiz do crime -geralmente as favelas- para fazer vigilância do local.   Destarte, medidas devem ser adotadas para a inversão do quadro no Brasil. O governo, por meio dos Ministérios da Educação e Cultural deve promover oficinas nas periferias com danças, esportes, lutas, artesanato e afins, além de capacitação técnica para jovens carentes com o intuito de que esses tenham perspectiva de emprego, entretenimento e lazer. Ademais, a população e figuras importantes da mídia devem pressionar o Estado por meio das redes sociais para que esse passe a remunerar de maneira justa os policiais, além de investir na reciclagem dos profissionais e dar-lhes armamentos novos. Além disso, o mesmo deve também reforçar a vigilância das fronteiras, impedindo que produtos bélicos cheguem ilegalmente no país, melhorando a segurança nas favelas e, consequentemente, em toda a cidade. Assim a liberdade prevista pela carta magna será alcançada.