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Enviada em: 21/10/2018

''A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.’’, afirmou o filósofo francês Jean-Paul Sartre. Todavia, na sociedade contemporânea, poucos parecem entender essa lição no que tange a questão da violência urbana no Brasil, visto que tal mazela tem causado danos irreversíveis para a garantia de uma convivência harmônica em comunidade. Nesse contexto, é indubitável analisar como a ineficácia das leis e as desigualdades sociais influenciam para a persistência da problemática em questão.     Primeiramente, é notório que o índice de criminalidade aumentou no decorrer dos anos. Tal infortúnio decorre da ausência de leis mais rigorosas e concretas, pois caso os infratores não sofrerem as consequências de seus atos, a criminalidade se tornará um caminho para a conquista econômica e será banalizado pelo restante da sociedade. Prova disso, são os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que registrou o Brasil como a segunda maior taxa de mortalidade por agressão do mundo. Logo, é verídico que essa realidade é preocupante e assustadora.     Ademais, a questão das desigualdades sociais também permite o aclive do problema. Isso porque o país não oferece condições igualitárias de direitos básicos como, alimentação, moradia e saúde, para todos os cidadãos. Desse modo, a insatisfação e a dificuldade em conquistar uma vida próspera corrompe algumas pessoas o que ocasiona no surgimento de fenômenos como roubos e assassinatos. Portanto, o filósofo contratualista, Jean-Jacques Rousseau, estava correto ao afirmar que o ser humano nasce bom, porém a sociedade o corrompe.     Torna-se evidente, portanto, que a violência urbana deve ser combatida. Para isso, é necessário que o poder Legislativo invista na criação de leis mais rigorosas, com detenção de aproximadamente 20 anos, sem a garantia do pagamento de fiança. Ademais, o poder Executivo deve investir na segurança pública do país a partir da compra de armamentos mais potentes e especializados para que os policiais sejam capazes de defender os moradores, com o apoio financeiro da Receita Federal. Por fim, o Governo, em parceria com Organizações Não Governamentais (ONG'S), deve investir na garantia dos direitos básicos de todos os cidadãos, a partir de eventos colaborativos e projetos que viabilizem diminuir os índices de pobreza e morte por falta de acesso à saúde ou alimentação, com a presença de médicos, nutricionistas e psicólogos que orientem toda a camada mais debilitada da população, para que eles se sintam amparados e não encontre no crime a solução dos seus problemas sociais. Destarte, a nação verde e amarela será vitoriosa e não perdedora, assim como afirmou Jean-Paul Sartre.