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Enviada em: 27/10/2018

Nos últimos 20 anos, o número de homicídios, no Brasil, cresceram 237%, conforme pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU). Esses índices ilustram o cenário preocupante no qual se encontram os cidadãos perante a violência urbana. Diante disso, investigam-se fatores responsáveis pela situação, sobressaindo-se o baixo investimento na educação e na segurança, bem como as políticas equivocas de enfrentamento ao crime.        A grande disponibilidade de armas no país é a principal causa de letalidade, transformando o Brasil em um verdadeiro palco de guerra. A maioria das mortes, 70% delas, ocorre por arma de fogo, consoante pesquisa do Fórum brasileiro de segurança pública, resultado das políticas de enfrentamento à criminalidade, mas que, infelizmente, vitima civis inocentes diariamente. Aliado a isso, os policiais estão resignados à desvalorização, com baixos salários, altas demandas e nenhum treinamento especializado. Consequentemente, além de matar muito, a polícia também morre em decorrência dessa direção ineficaz, visto que, em média, um policial é assassinado por dia. Torna-se claro, nesse contexto, que a população deve se mostrar contra a cultura de matar e morrer, uma vez que todos acabam perdendo.        Ademais, o aumento da criminalidade está intimamente ligado ao processo de urbanização desordenado. Desta maneira, foram criadas periferias pobres, desestruturadas e sem os serviços públicos devidos, tal como saúde e principalmente, educação. Por conseguinte, são preparadas as circunstâncias para formação de quadrilhas que controlam de drogas e armas. Dito isso, nota-se que não há maior violência que o abandono, justamente a mesma problemática explorada por Jorge Amado em sua obra, Capitães, em 1937, mostrando que a situação enfrentada não surgiu agora. Segundo dados da ONU, as chances de um jovem sem ensino médio completo ser assassinado são 12 vezes maiores que os formados, já que as condições financeiras provenientes da escolaridade, por vezes, definem o meio em que se vive. Essa realidade aponta que o governo não fornece os subsídios necessários para que os problemas que propiciam a violência sejam sanados.        Logo, para solucionar tais problemas, o governo, auxiliados por ONGs, devem combater os indutores da criminalidade, investindo em educação, na saúde e na moradia, principalmente nas regiões periféricas, assim como promover, juntamente com as mídias, campanhas de desarmamento, por meio de incentivos fiscais, a fim de impedir mortes desnecessárias. Além disso, cabe ao Estado reavaliar as políticas de segurança pública, viabilizando programas de treinamento, realizados por escolas de capacitação policial, destinados à profissionais em formação e/ou já atuantes.