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Enviada em: 30/10/2018

Segundo dados do site Mundo Educação, os crescentes casos de violência urbana têm ocasionado a morte de milhares de jovens no Brasil. Nesse contexto, dois aspectos fazem-se relevantes: o papel da falta de planejamento urbano e da ineficiência da segurança pública nesse cenário.    No Brasil hodierno, os impactos de uma urbanização veloz e não-planejada ainda são sentidos nos grandes centros urbanos e seus arredores. Com o início da industrialização das grandes cidades brasileiras, ainda durante o primeiro governo de Vargas, o acelerado êxodo rural levou a um exorbitante número de pessoas chegando rapidamente a esses locais. Tal processo, por conta de sua intensidade e velocidade, não foi acompanhado de um planejamento urbano de qualidade, que garantisse moradia e emprego a todos, além de uma infraestrutura de transportes, educação e saúde efetiva. Dessa forma, ao culminar na exclusão e marginalização de certos grupos, a falta de infraestrutura urbana acarretou a violência urbana, entre outros graves problemas sociais.    Além disso, a ineficiência da segurança pública e a violência urbana estão intrinsecamente ligadas. Isso ocorre pois a falta de investimentos que qualifiquem a policia urbana gera um despreparo da mesma, o que, por conseguinte, além de causar na população uma descrença em relação ao serviço policial, leva a uma falha na prevenção e combate à violência urbana. Concomitantemente, a existência de um sistema prisional brasileiro extremamente falho, com uma significativa taxa de reincidência dos detidos, certamente contribui para a intensificação da problemática.    Em vista do exposto, tornam-se necessárias medidas que visem reparar os danos do crescimento urbano não-planejado, além de garantir uma segurança pública de qualidade. Nesse contexto, cabe às Prefeituras das grandes cidades, com o auxílio do Governo Federal, a melhoria da infraestrutura urbana, por meio de projetos e programas de habitação popular e da criação de hospitais e escolas em locais com índice de alta vulnerabilidade, além de investimentos na formação e inteligência da polícia, objetivando a diminuição das desigualdades sociais e do despreparo policial, combatendo-se, assim, o desafio da violência urbana no Brasil.