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Enviada em: 30/10/2018

Durante a Primeira Revolução Industrial, a superlotação das cidades se tornou um fato. Entretanto, a segregação socioespacial causada por essa superlotação aumentou de maneira exponencial a violência urbana e tornou evidente a diferença entre as classes sociais. A manutenção dessa conjuntura, aliada à inércia da maioria das escolas frente a essa situação, faz com que a violência seja uma característica no âmbito citadino brasileiro, sendo que tal aspecto deve ser mudado.            A segregação socioespacial, presente em muitas cidades de grande e médio porte, aumenta a violência em determinados pontos da urbe, visto que, enquanto a classe dominante, que possui maior poderio financeiro, isola-se em condomínios fechados e seguros, os indivíduos que não possuem tal força econômica se aglomeram em pontos periféricos, que podem, ou não, transformarem-se em favelas. Isso faz com que a criminalidade aumente, pois o sujeito vê, na chamada "vida do crime", o único meio de se sustentar. Assim, com o aumento do tráfico e da disputa entre facções pelo monopólio da comunidade, a hostilidade urbana cresce excepcionalmente.            Outrossim, a inércia de grande parte das escolas frente à situação agrava problema. À medida em que o estudante não é estimulado a combater a questão, este passa a conviver normalmente com a violência, pois está, em crescimento constante, afeta cada vez mais o cotidiano do aluno. Com isso, a probabilidade do jovem se inserir, por influência externa, no âmbito da violência, torna-se maior.             Desse modo, diante dos fatos expostos, medidas são imprescindíveis para que se possa intervir no problema. Em vista disso, ao tomar como base a máxima de Paulo Freire que diz que "a educação sozinha não transforma a sociedade", a questão deve ser solucionado em duas instâncias. Na primeira, a curto prazo, o Ministério da Segurança Pública deve aumentar a salvaguarda urbana, com policiais que busquem o controle de situações adversas de maneira não violenta. Na segunda instância, a longo prazo, o Ministério do Desenvolvimento Social em ação conjunta com Ministério da Educação, deve diminuir as desigualdades sociais por meio de políticas que visem a inclusão. Concomitantemente, o MEC deve aumentar as discussões nas escolas, dando visibilidade ao tema. Tais ações, indubitavelmente, diminuiriam de maneira gradativa violência que assola o corpo social brasileiro.