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Enviada em: 11/03/2019

O ilustre Mahatma Gandhi sabiamente proferiu: “A não violência absoluta é a ausência absoluta de danos provocados a todos os seres vivos”. É lamentável, contudo, que após um século decorrido, a violência urbana persista como provedora de danos, sejam eles oriundos da discrepância entre classe, ou mesmo da pífia composição urbana.      Em primeiro plano, a desigual distribuição de renda propicia o sentimento de revolta nos indivíduos cujos direitos fundamentais são negados. Assim, em nome da busca ao que não se possui, o meliante pratica a violência urbana, que cresce desenfreadamente; segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, cresceu em 2,1% o número de homicídios dolosos no país. É um tremendo paradoxo que um país signatário das resoluções de paz da ONU permaneça nesse ritmo exponencial de mortes.      Ademais, vale ressaltar que a péssima logística das malhas viárias, juntamente com o crescimento desordenado das cidades, herdados de Juscelino Kubitchesk, gera a violência no trânsito (um subtipo de violência urbana). Reitere-se: segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o quinto país do mundo no “ranking” de mortes no trânsito.      Logo, cabe à Casa Legislativa Federal elaborar uma reforma tributária justa, conferindo menos impostos aos possuidores de renda inferior a 5 salários mínimos, de forma que suas rendas sejam o suficiente e, por conseguinte, não violentem em nome de direitos não supridos. Já em instância Municipal, deve-se contratar uma equipe especializada em logística de trânsito que, em consonância com os vereadores e prefeitos, elaborem um projeto atualizado e adequado, evitando desacertos no tráfego. Somente assim a ausência absoluta citada por Ghandi se concretizará.