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Enviada em: 20/08/2019

A Declaração Universal dos Direitos Humanos - promulgada em 1948 pela ONU - assegura a todos os indivíduos o direito à segurança e ao bem-estar social. Contudo, nos dias atuais, essa garantia não efetiva, já que a violência urbana é um desafio a ser enfrentado no Brasil. Nesse viés, deve-se pontuar a intensificação da maldade como causa, bem como a omissão estatal no tocante a medidas para prevenir a situação.      Em primeiro plano, sabe-se que a crueldade tornou-se comum nas relações sociais. A esse respeito, a filósofa Hannah Arendt disserta que as atitudes cruéis fazem parte do cotidiano moderno da sociedade, o que define o conceito conhecido como Banalidade do Mal. Nesse contexto, ações violentas como assaltos, sequestros, assassinatos, dentre outros, fazem com que os cidadãos brasileiros se acostumem com um quadro de constante violência no seu dia a dia.    Em segundo plano, vale ressaltar a inércia governamental como impulsionadora do problema. Em vista disso, a baixa remuneração, a estrutura precária e o pouco preparo levam a um cenário caótico para os órgãos de segurança pública. Com efeito, a ineficiência da segurança faz com que a população não esteja segura, assim, essa conjuntura é vista como uma "violação do contrato social" do filósofo John Locke, visto que o Estado não cumpre sua função de garantir os direitos dos cidadãos.        Desse modo, as escolas, em parceria com as famílias, devem inserir a discussão sobre a maldade humana tanto no ambiente doméstico quanto no estudantil, por meio de palestras - com a participação de especialistas -, para que os alunos, desde a infância, sejam conscientizados. Ademais, o Estado - instância máxima - deve proporcionar melhores salários e efetiva infraestrutura no Ministério da Segurança, por intermédio da destinação de verbas, com o objetivo de aprimorar o órgão estatal. Feito isso, a violência urbana cairá gradativamente e garantir-se-á o direito universal a todos.