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Enviada em: 11/06/2019

Segundo o filósofo Thomas Hobbes, é necessário estabelecer um contrato social em que o governo garanta a segurança do povo e iniba um convívio caótico. Entretanto, ao analisar o aumento da violência urbana no Brasil, observa-se as inúmeras falhas dessa instituição. Assim, um Estado omisso, que permite a precariedade do sistema carcerário, mas também um quadro de injustiças sociais, contradiz a sua própria função.            Em primeiro lugar, percebe-se que dificilmente o Brasil gozara da paz com um governo negligente que não se mobiliza para mudar a realidade de um sistema carcerária desumano. Dado que, observa-se cadeias superlotadas, insalubres e a demonstração de um sistema punitivo falho que negligencia programas ressocializantes pautados na contrução da ética e moral. Em vista disso, um quadro que dá margem para esta realidade, em média 80% dos presos quando alcançam a liberdade voltam à criminaliedade, de acordo com o Ministério da Justiça. Diante disso, compreende-se que é improvável combater a violência urbana sem reestrurar as penitenciárias do país.           Ademais, um ambiente de injustiças socias propicia um cenário favorável à violência urbana. Dado que, em um quadro de privilégios apenas para uma parcela da população, faz com que os excluidos desses benefícios encontrem inúmeres entraves para o seu crescimento pessoal e devido a isso são mais sucetíveis a ingressarem na criminalidade. Isso no Brasil é decorrente da omissão do Estado em ofertar sistemas públicos eficientes, no qual a escritora Adriana Vacêncio afirmar que esse contexto fomenta a confusão entre quem é o cidadão e quem é o consumidor, pois a educação, a saúde e o lazer, por exemplo, apresentam-se, como uma conquista pessoal e não como direito social. Consoante a isso, a violência perpetuara no tecido social se o Estado mantiver essa mesma postura.                               Portanto, faz necessário que o Estado, por meio do direcionamento de uma maior parcela dos tributos recolhidos, reestruture o seu sistema carcerário, pautado na disponibilização de aulas que discutem a etica e a moral para os detentos. Mas também na ampliação de celas para que assim, crie um ambiente que fornece a regeneração do indivíduo. Além disso, cabe às ONGs- Organizações não governamentais-, desenvolverem comerciais que serão veiculdados nas grandes mídias, os quais denunciem que o descaso do governo com os seus sistemas públicos resulta em um cenário  propicio a violência. Com objetivo de que, assim, sensibilize a população a pressionar os políticos para exercerem a sua função de bem-estar social. Dessa forma, o Estado consiguira cumprir o seu dever  elucidado pelo filósofo Thomas Hobbes;  garantir a segurança do povo.