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Enviada em: 13/04/2017

A violência vislumbra-se como insistente flagelo da humanidade, a qual impõe resistência para a vida da própria espécie. Os pretextos para a execução da prática apresentada são múltiplos, porém possuem fundamentação em distúrbios sociais e psicológicos. Em sequência a essa afirmação nota-se que, o espaço urbano é foco considerável para a reprodução de ações agressivas e intimidatórias e que desse fato deriva-se problemas para a construção de dignidade, qualidade de vida, além do alastramento do caos em diversos setores da sociedade.  No Brasil o processo de difusão da violência nas cidades é intensificado devido ao histórico de formação de tais espaços. Além da confluência de heterogeneidade de personalidades que potencializa  o aparecimento de intolerância e preconceito, sucedido de atitudes brutais, vê-se o crescimento das zonas urbanas desprovido de planejamento providenciando, portanto, estrutura física e social insuficiente para o demasiado contingente populacional. A precariedade na educação, saúde e moradia acarretam a marginalização de uma parcela considerável da população tornando, assim, a criminalidade e violência vias mais eficazes para sobrevivência nas cidades.   Soma-se ao panorama retratado a morosidade do Estado para contenção dos desafios de infraestrutura, aliado a improficiência dos agentes responsáveis pelo exercício de políticas de segurança como polícia e sistema judiciário. Essa análise confirma a proposição de Durkheim que evidenciava a violência como anomia social de sociedades que não sabem lidar com as próprias divergências e conflitos. Observa-se também que, a incapacidade governamental institui um poder paralelo ao crime, já que esse não se vê ameaçado pelas ações dos governantes, propiciando assim a desconfiança generalizada e a cultura do medo na população.  Sobre tal questão é ainda possível propor o advento da violência a partir de padrões comportamentais que ignoram a igualdade entre os indivíduos, como a segregação social e o racismo. Essa assertiva corrobora-se na ideia de Rousseau que o homem é bom, mas a sociedade o corrompe.   A partir do exame retratado acerca da violência urbana no cenário brasileiro é imperativo a execuções de ações a fim de reduzir essa prática a eventos esporádicos. Ao Estado cabe potencializar suas medidas no que tange a segurança da população com o crescimento e remodelação da polícia e o declínio do engavetamento de casos judiciais objetivando o fim da impunidade. É viável também a equipação da sociedade em setores de base, como moradia, para levar qualidade de vida de modo igualitário a todos.  Ás instituições formadoras de caráter, a exemplo da escola e família compete a indução de padrão moral correto para vivência harmoniosa em sociedade.