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Enviada em: 12/05/2017

O aumento substancial nos casos de violência urbana brasileira está sendo alvo de divergências quanto a forma de combate mais eficaz. Por muitos anos a ocorrência crimes como assaltos e assassinatos esteve restringida ás periferias dos grandes centros urbanos, entretanto, as pequenas e médias cidades experimentam hoje uma realidade violenta. Esse processo iniciou-se no passado com a ocupação desordenada das capitais, principalmente na região sudeste do país, que marginalizou milhares de pessoas e formou uma geração de jovens cada vez mais influenciados pela vida do crime.   Utilizando o caso do estado do Rio de Janeiro, uma política de segurança pública adotada para conter a onda de violência foi a instauração das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) em diversas comunidades da capital. Contudo, o projeto não foi eficaz devido á grande força dos grupos de tráfico que comandam muitas favelas na região e fortalecem o comércio de drogas e armas. Na verdade, criou-se um outro problema que envolve a saída dos bandidos dessas localidades em busca de novos domínios em outras cidades da região metropolitana.  Apesar de existirem atualmente projetos para inclusão social de jovens propensos a criminalização, o apelo a vida de ostentação que vivem os grandes traficantes é muito grande tornando difícil o resgate desses indivíduos. Esse cenário é ainda mais agravado pela desestimulante educação promovida nas decadentes escolas públicas do estado. Dessa forma, as crianças estão entrando cedo no crime alimentando cada vez mais as facções criminosas e tornando a ação coercitiva estatal ineficiente, pois ela contribui apenas para o aumento da mortalidade desses jovens.   Portanto, para atuar diretamente na raiz do problema é preciso que o governo estatal promova melhorias na educação pública através da reforma das escolas e incremento da formação dos profissionais. E por fim, o governo federal poderia promover uma maior fiscalização nas estradas do país para conter a chegada de armamento que reforça a criminalização.