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Enviada em: 25/08/2017

Violência: o criminoso também é vítima.    Maria Eduarda, de 13 anos, morta por uma bala perdida enquanto estava na escola no Rio de Janeiro, foi mais uma vítima do descaso social de vários setores institucionais. Esse cenário de guerra, em algumas regiões, dá ao Brasil o título de país como os maiores índices de homicídio do mundo. Essa situação é reflexo de uma sociedade desigual, em que a educação não é priorizada. Por infelicidade, enquanto nada significativo for feito, mais crianças e jovens ainda serão vítimas da violência.       À vista disso, infere-se que a desigualdade social é um dos pilares a ser combatido para que se tenha resultados positivos em relação à violência. Segundo relatora da ONU, a violência no Brasil ainda tem um perfil, são jovens negros, pobres e com baixa escolaridade. Tal esteriótipo repete-se, já que, há uma aspiração, por parte dos adolescentes, a bens de consumo, e junto a isso, pouca mobilidade social e desestruturação familiar. Desse modo, esses indivíduos que na maioria vivem em periferias, ficam mais propensos a escolher o caminho escolhido por grande parte dos que vivem nesses ambientes, que é a criminalidade.          Ademais, outro impasse social é a precariedade no setor educacional. Os jovens não tendo uma instituição que os acolham e mostre que há outras direções mais felizes para seguir, ficam tendentes a envolver-se no mundo do crime, e não resolvendo o problema da escassez educacional, forma-se um círculo vicioso.  A música Perfeição, de Renato Russo relata com fidelidade esse cenário, em que, se a educação não é prioridade, e nem um direito garantido, a violência torna-se uma cena cotidiana.            Compelem, portanto, ações mútuas entre o Ministério da Educação e a instituição família. Para tanto, o Ministério deve atuar intensificando palestras aos jovens, e qualificando as escolas, com a presença de oficinas, como de música e dança. Esse mesmo agente pode atuar qualificando os docentes, a fim de fortificar a relação escola e jovem, dando o aparato necessário para que esse não veja necessidade de se aliar ao crime. Outrossim, a família tem o papel fundamental de apoiar o jovem a estudar, e o ajudar a ultrapassar a barreira da desigualdade, e isso pode ser feito com a ajuda das escolas, oferecendo palestras as famílias que necessitam de orientação.