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Enviada em: 16/06/2017

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, o medo líquido aflige a sociedade, ou seja, o sentimento em que é preciso gradear e monitorar as casas para que haja segurança. Desse modo, a teoria confirma-se pelos os meios de comunicação, que de forma frequente, mostram inúmeros casos de violência urbana em diversas partes do Brasil. Assim, é preciso analisar como a constituição histórica territorial e a falta de apoio público propiciam o problema.   Em primeiro lugar, a urbanização mal planejada proporcionou que a delinquência se perpetue no meio social. No início do século XX, houve o começo da industrialização brasileira, o que contribuiu para o êxodo rural de grande parte da população para as cidades industriais, assim, gerou o inchaço urbano nesses centros que vem até a atualidade. Como consequência, por não possuir estruturas socioeconômicas para atendê-la, cerca de 622 mil pessoas ingressaram no mundo do crime.   Além da má estruturação, é importante analisar que, a negligência dos poderes públicos contribuem para o aumento da violência. Conforme Thomas Hobbes, o homem é o lobo homem, e logo, necessita  de um Estado para trazer a paz. Assim, na atualidade, percebe-se que este não cumpre com sua função, pois no ranking das 50 cidades mais violentas do mundo, 21 são brasileiras.     Fica claro, portanto, que o déficit na organização socioespacial e a carência de medidas públicas contribuem para a problemática. Por isso, é necessário que o Ministério da Justiça crie projetos de monitoramento e policiamento, ao aumentar o número de policiais e câmeras de segurança, com o objetivo de retardar os aparecimentos de novos casos. Além do Ministério do Planejamento que deve promover auxílio a população ao fazer campanhas públicas, que melhorem os serviços básicos como saúde e educação, para que diminua a criminalidade.