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Enviada em: 03/07/2017

Ao se discutir sobre o problema da violência urbana, compreende-se que no Brasil há diversas causas que justificam os altos índices apresentados nos relatórios sobre esse assunto. Mesmo assim, há um discurso massificado, pontuando os vários motivos, que vão desde a economia até a cultura. Nessa perspectiva, deve-se sustentar a ideia de uma população cada vez menos amparada pelo Estado e sem perspectiva para a redução dos níveis de criminalidade.   Confirma-se, a partir dessa ótica, um argumento aparentemente coerente sobre o processo de urbanização brasileiro ter ocorrido de maneira muito rápida e desorganizada, como pode ser vista na Era Vargas, em que as indústrias se concentram no Rio de Janeiro e São Paulo. Entretanto, o ponto chave desse debate é o fato dessa industrialização atrair, devido a ampla geração de empregos, a população de todos os cantos do país, ou seja, muitos dos imigrantes ficaram desamparados ao chegarem nos grandes centros, e tendo que sobreviver em condições de pobreza devido a falta de vaga para todos. É indiscutível então, que ao passar do tempo, a falta de políticas do Estado para incluir esses cidadãos na sociedade de maneira digna gerou uma grande desigualdade social, favorecendo assim a violência com o decorrer da história.   Outro ponto a ser esclarecido é a ideia da cultura do jeitinho brasileiro ser enaltecida, ganhando até personagem nas histórias da Disney com o papagaio, Zé carioca, que não trabalha e vive nas custas dos amigos honestos. O mais preocupante, contudo, é constatar a influência da mídia, principalmente a televisão nos costumes de um povo, banalizando a violência nos desenhos, novelas e filmes, com intuito de deixar os telespectadores alienados com intuito de não protestarem sobre a situação que estão. Assim, fica claro o objetivo da mídia em alienar e controlar uma nação, pois além do mercado da segurança gerar muito lucro, o domínio de um povo favorece muitos outros benefícios, e ainda ameniza a gravidade dos crimes de corrupção cometido por grande parte dos políticos.   Diante desse cenário, é essencial buscar soluções práticas, como a criação, por parte do Estado, de centros especializados em profissionalizar, de forma gratuita os jovens da periferia e encaminhar após o treinamento para empresas que seriam atraídas por meio de incentivos fiscais, a fim de gerar um queda na desigualdade social existente. Outra medida necessária é a intensificação e ampliação das escolas públicas em horário integral, por meio de votação no senado de um aumento da verba direcionada para educação, para que crianças e adolescentes estejam ocupados e se desenvolvendo com intuito de ocuparem cargos melhores e evitar a entrada delas na criminalidade. Com essas ações, acredita-se ser possível imaginar um Brasil mais seguro e desenvolvido.