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Enviada em: 10/07/2017

A Lei Áurea, promulgado em 1888 pela Princesa Isabel, deu fim à escravidão, presente no Brasil desde sua colonização. No entanto, apesar da garantia de liberdade ao ex-escravo, não houve nenhuma política do Governo para sua inserção na sociedade. Tal fato é um exemplo das causas da violência urbana brasileira, problemática que deve ser discutida.       Primeiramente, cade analisar como o descaso governamental afeta a sociedade. Assim como a falta de políticas insercionais para o negro, o inchaço urbano, causado pelo êxodo rural em meio a industrialização, desacompanhado de investimentos em infraestrutura trouxe consigo o aumento das taxas relacionadas à violência. Isso porque, por conta da educação precária e, muitas vezes, uma desestruturação familiar, o indivíduo recorre a crimes como o roubo e o tráfico de drogas, práticas diretamente relacionadas à violência.        Além disso, é importante desmistificar o pensamento de que somente maiores investimentos em policiamento e em outras políticas de segurança pública acabariam com o problema. É verídico que isso pode amenizar os casos de violência. No entanto, para que no futuro o Brasil possa ocupar um dos últimos lugares no ranking da violência, é necessário cortar o mal pela raiz. Como supracitado, suas causas são, principalmente, as mazelas da sociedade, logo, é necessário combatê-las.        Deve-se, portanto, discutir a respeito da violência urbana na sociedade brasileira e buscar soluções em suas origens. Para isso, é necessário que as prefeituras das cidades, em parceria com o Governo Federal, invistam cada vez mais em infraestrutura principalmente nas áreas periféricas das cidades, pois é onde há maior descaso com a sociedade. Ademais, ONGs, em parceria com a ONU, devem criar ainda mais projetos para crianças e adolescentes a fim de afastá-los da realidade violenta das cidades. Somente assim podemos mudar os dados do Atlas da Violência Urbana, divulgados pelo IPEA em 2017, e também colaborar com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, estabelecidos pela ONU, em 2015.