Enviada em: 24/07/2017

O Brasil é um dos países mais violentos do mundo, apresentando índices de homicídios, em alguns casos, maiores do que se comparados com países em guerra. Dessa forma, a violência urbana representa um dos desafios a serem enfrentados pela sociedade brasileira. Fatores de ordem histórica e educacional caracterizam a problemática.      É importante destacar, de início, o período posterior à abolição da escravidão como causa. Uma vez libertos, os negros não tiveram qualquer medida de inserção social e, pelo contrário, foram expulsos dos centos das cidades como forma de embelezamento dessas. Logo, devido à marginalização, à grande desigualdade social e ao racismo houve a diminuição de oportunidades para essa minoria, o que contribuiu para a criminalidade e a violência. A obra "O Cortiço", de Aluísio Azevedo retrata esse cenário social do Rio de Janeiro do final do século XIX.    Outrossim, a educação apresenta papel fundamental no desenvolvimento social e econômico de qualquer país. Por isso, o descaso do governo para com esse setor também contribui para o aumento da violência urbana, uma vez que por meio do estudo é possível diminuir as desigualdades. Tal fator pode ser ratificado por Nelson Mandela, o qual afirma que a educação é a arma mais poderosa a ser usada para mudar o mundo.      É notória, portanto, a relevância de fatores de cunho histórico e educacional na temática supracitada. Nesse viés, cabe às organizações não governamentais o papel de promover projetos sociais nas comunidades visando inserir e incentivar as crianças e adolescentes a irem para as escolas e a estudar. Tal medida pode ser efetivada por meio de centros de estudos e campanhas na comunidade. Além disso, o governo deve investir na melhoria da qualidade do ensino público, o qual se encontra muito aquém do adequado e desigual em relação ao privado. Para isso, é necessário investimento na melhoria da infraestrutura das escolas, bem como a construção de bibliotecas públicas e em melhores salários para os professores.