Materiais:
Enviada em: 04/09/2017

De acordo com o artigo 3º da Declaração Universal dos Direitos dos Homens, da qual o Brasil é signatário desde 1988, toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. No entanto, passados quase 30 anos desse importante compromisso a sociedade brasileira vivencia a preocupante elevação dos índices de violência urbana. Nesse contexto, faz-se necessário buscar caminhos no intuito de não somente promover investimentos que garantem a segurança individual em sociedade, mas também, aperfeiçoar os mecanismos que contribuem para a resolução das múltiplas causas dos atos violentos.             Um dos maiores patrimônios imateriais do Brasil é, sem dúvida, a sua pluralidade populacional, por conseguinte, é essencial respeitar e, sobretudo, valorizar a vida de cada ser humano. Entretanto, a atual realidade contradiz essa lógica, pois, frenquentemente, os meios de comunicação noticiam episódios de marginalização, muitas vezes, seguidos de criminalidade, sendo estes fatores decisivos para a proliferação da violência. Um exemplo disso, evidencia-se nos dados governamentais que aproximadamente 60% dos casos de mortalidade violenta a cada 100 mil brasileiros são em espaços públicos como, por exemplo, nas vias de transporte de massa, acarretando para o sentimento de insegurança nos cidadãos, número absurdamente alto para um país tão populoso.               Em paralelo à questão das causas beneficiadoras dos atos violentos, os governantes da nação proporcionaram desde o processo acelerado do êxodo rural até os dias atuais investimento na polícia em prol de estabilizar os ânimos populares, porém é indispensável o incremento de novos projetos, pois segundo Sartre e Lamarck, a violência de qualquer maneira que ela se manifesta é uma derrota já que o meio modifica o ser. Nesse sentido, cabe ao Poder Público acrescentar programas que visam desestabilizar os pequenos, mas não poucos, vilões da garantia da segurança e da vida das pessoas.               Conforme Comte, portanto, é necessário ver para prever, a fim de prover. Nessa perspectiva, aliado aos fatos sobre-citados, é possível ver a reincidência infracional e prever a sua continuação caso não haja medidas para solucionar o impasse. Para tanto, além das propostas anteriormente citadas, é indispensável que a mídia em parceria com as famílias por meio de campanhas e de manifestações sociais pacíficas exijam uma atitude acelerada das autoridades pois estes sãos os melhores caminhos a serem trilhados pela sociedade brasileira objetivando a garantia do artigo 3º dos Direitos Humanos e a valorização de cada vida humana.