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Enviada em: 01/10/2017

"Um morto é uma tragédia, um milhão de mortos são só uma estatística". Joseph Stalin, ditador soviético, sintetizou nessa frase a capacidade da violência ser banalizada a partir da recorrência de atos bárbaros. Anos depois, no Brasil, é evidente a presença contínua de uma guerra nas ruas, que mantém o mal como frivolidade. Nesse sentido, onipresença da violência urbana é causada, principalmente, por problemas no sistema educacional e pela ineficiência estatal em desarticular a criminalidade.   Em primeiro plano, a educação brasileira não vem cumprindo seu papel de inibidor de condutas antissociais. De acordo com Pitágoras, educar as crianças diminui a necessidade de, posteriormente, punir os homens. Nesse sentido, ao se propor uma educação cívica adequada, os índices de criminalidade diminuiriam, visto que teriam um senso moral mais amplo. Prova disso são o menores índices de criminalidade em países onde as notas do PISA, avaliação escolar internacional, são mais altas.     Cabe ressaltar, também, que os órgãos estatais não estão sendo eficientes no desmantelamento de associações criminosas. Nessa perspectiva, o Brasil sofre com uma polícia ineficiente, que não realiza o seu papel de forma completa. Inúmeros casos de corrupção, falta de treinamento e instrumentos de trabalho precários são apenas alguns exemplos das dificuldades que o sistema policial precisa lidar para tentar diminuir a criminalidade urbana no Brasil.    Torna-se evidente, portanto, que a manutenção da ferocidade social como realidade é causada por carências na Educação e pela impossibilidade técnica de a polícia resolver casos já existentes. Para solucionar essa problemática, medidas são necessárias. Nesse sentido, o MEC deve instituir como disciplina obrigatória a matéria de Cidadania, que explicite os direitos e deveres de cada cidadão. Além disso, as Secretarias devem conduzir um plano de ação coerente à realidade dos focos de violência, como favelas. Apenas assim, a banalização do mal será característica apenas de um contexto social autoritário.