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Enviada em: 04/10/2017

Na contemporaneidade, tem-se discutido acerca da violência urbana no Brasil. Dessa forma, percebe-se que a coexistência dos cidadãos em sociedade situa-se fora do equilíbrio harmonioso. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados: a segregação urbana e a criminalidade como meio de inserção econômica.    Em primeira análise, cabe pontuar que a industrialização das cidades estimulou o andamento da urbanização. Entretanto, o processo de êxodo rural exorbitante propiciou o surgimento da desigualdade nos campos sociais, econômicos e culturais. Por conseguinte, essa disparidade presente na sociedade, sobretudo, relacionada à renda possibilitou a exclusão da parcela mais pobre, concentrando-os em locais afastados com pouca disponibilidade de infraestrutura, como saneamento básico e lazer.   Além disso, convém frisar que, segundo Jean Jacques Rousseau, "a natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável". Consoante a isso, parte da população em estado de vulnerabilidade socioeconômica encontra na prática de ações ilícitas uma maneira de inserção financeira. Consequentemente, episódios de assaltos são relatados com frequência, bem como o conflito entre policiais e criminosos.    Em vista dos fatos elencados, fazem-se necessárias mudanças para solucionar a problemática. Assim sendo, é imprescindível que o Ministério da Educação institua programas sociais em áreas de vulnerabilidade socioeconômica, com o propósito de promover outras realidades para crianças e jovens, a partir da prática esportiva, escola de música e artes, visando a inserção social e cultural dessa parcela da sociedade suscetível a crimes. Outrossim, é essencial que a população de comunidades afastadas dos grandes centros reivindiquem melhorias, ao governo, na qualidade de vida dos residentes, a fim de aperfeiçoar a infraestrutura desses bairros e oferecer maiores opções de lazer a esses cidadãos, aspirando uma maior integração no corpo social.