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Enviada em: 23/10/2017

Segundo o autor contratualista Thomas Hobbes, o homem, em seu estado de natureza, é um ser fadado à autodestruição. Tal premissa, confrontada com a conjuntura da violência urbana no Brasil, denota uma triste problemática a ser combatida com urgência. E dentre os coadjuvantes desse dilema, é possível destacar, sobretudo, não só o aumento dos níveis de pobreza, mas também a ineficácia do Estado no que tange à alteração desta realidade.       Em uma primeira abordagem, é importante ressaltar a relação entre a recessão econômica e a elevação dos níveis de violência. Um país empobrecido tende a apresentar um aumento sistemático dos níveis de desemprego. Nesse contexto, uma população desprovida de renda e do acesso a uma vida digna pode buscar na criminalidade uma infeliz solução para seus problemas.       Outrossim, é preciso considerar o papel do governo no contexto emblemático, haja vista a necessidade da manutenção de um ambiente urbano seguro. Segundo pesquisas recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem se destacado entre os países com maiores taxas de homicídio do mundo. Não obstante, a atuação do Estado tem sido insuficiente, já que não são efetuados investimentos adequados para a mitigação do impasse.       Faz-se necessária, portanto, uma ação efetiva para que o comportamento antissocial do homem descrito por Hobbes deixe de ser uma infeliz realidade. O Poder Executivo, mediante o Ministério da Educação, deve estabelecer planos de ação que atuem na origem da criminalidade. Tais planos devem envolver projetos de inclusão social e estímulo ao estudo e formação profissional; tudo isso de maneira a contribuir para a estruturação de uma sociedade pacífica.