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Enviada em: 02/11/2017

Nos estudos do filósofo John Locke, ele afirmou que o "estado de natureza do homem" é de relativa tranquilidade, mas que alguns conflitos acontecem, ocasionalmente, por disputas referentes à propriedade privada. Alterando essa concepção, a frequência dos atos violentos nas cidades brasileiras são vistos, relatados e noticiados todos os dias, contrariando a tese desse pensador político. Destarte, torna-se fundamental o combate à criminalidade urbana do país, uma vez que essa conceitua-se um desafio aos cidadãos seja pela ocupação historicamente desorganizada das metrópoles, seja pelo aporte ineficiente das medidas de segurança pública.    Exordialmente, a historicidade da região Nordeste é marcada por perdas populacionais devido às melhores condições de vida oferecidas em grandes centros urbanos. Entretanto, as regiôes metropolitanas não estavam estruturadas para receberem o grande contingente de nordestinos que migraram pois não havia vagas de emprego, escolas e hospitais suficientes - resultando em uma competição no mercado de trabalho, na educação e no acesso à saúde. Dessa maneira, essa ocupação urbana desprovida de fatores essenciais ao desenvolvimento socioeconômico resultou em miséria e, por falta de opções, provocou o adentramento dos excluídos sociais na criminalidade.    Outrossim, a grande massa populacional desses criminosos excede a capacidade de atuação das forças policiais, gerando dados alarmantes de violência. A exemplo disso, o site: "mapadaviolencia.org" informa que no Brasil, em 2012, houve 29 homicídios para cada 100 mil pessoas, o que resultaria anualmente, em uma cidade com 12 milhões de habitantes como São Paulo, em 3480 mortes de forma intencionada e violenta. Nesse viés, deve-se incrementar o aparato policial de forma a capacitá-lo em quantidade compatível com o número de crimes, visando proteger a população e a paz social.    Infere-se, portanto, que as concepções filosóficas de Locke são obsoletas devido à quantidade de "anomalias sociais" nos dias de hoje, sendo necessária a contenção dessas. No intuito de promover uma população mais assistida, o Ministério da Educação poderia requerer uma quantidade maior de verbas destinadas ao ensino técnico e às escolas de tempo integral, a fim de garantir que as crianças e os jovens carentes tenham maior ocupação de seu tempo e sejam menos expostos à criminalidade das ruas, bem como fornecer um conhecimento para que se tornem mais competitivos no mercado de trabalho e tenham, futuramente, condições financeiras mais dignas. Ademais, os prefeitos devem aumentar o número de policiais, abrindo vagas na nessa área, visando estarem em número condizente para defenderem as cidades. Dessa forma, a segurança pública estaria mais próxima de acontecer, deixando de ser um desafio ao Brasil.