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Enviada em: 02/11/2017

A violência tem raízes históricas e culturais, se manifestando como forma de submissão de grupos, imposição de ordem na conquista por poder ou simplesmente por explicitar a discordância com a alteridade social. No Brasil contemporâneo, os números de violência urbana têm aumentado e se intensificado, mostrando a urgência na necessidade de buscar caminhos para contê-la. Nesse âmbito, deve-se analisar como a heranças histórico-culturais e o individualismo na modernidade influenciam na manutenção desse problema. A violência sempre esteve presente na história da humanidade, tendo como desencadeadores diversos motivos, desde a disputa por alimentos entre os nômades do Paleolítico, até disputas territoriais e intolerância às diferenças étnicas presentes na Segunda Guerra Mundial. Dessa forma, a herança histórico-cultural se mostra como um dos principais motivos da violência urbana, visto que enraizou-se na sociedade como forma de resolver seus conflitos. Como exemplo, a intolerância e violência contra indivíduos do grupo LGBT, que muitas vezes é motivado pela herança cultural da religião católica, que em épocas de Inquisição perseguiam e até queimavam os homossexuais na fogueira. Atrelado a isso, o forte individualismo na sociedade contemporânea também acarreta na problemática, uma vez que, segundo Zygmunt Bauman, sociólogo humanista, o isolamento social enfraquece a solidariedade e estimula a insensibilidade em relação ao sofrimento do outro. Com efeito, esse isolamento faz surgir indivíduos sujeitos a psicopatia, que por ter desprezo por outras pessoas usa da violência, pondo em risco a vida na sociedade. Evidencia-se, portanto, que ainda há óbices para garantir a segurança na sociedade urbana. Para minimizar esse fenômeno, é preciso que o Ministério da Educação junto ás escolas promovam uma maior dinamização das aulas sobre ética, moral e empatia e mostre como os histórico de violência trouxe consequências devastadoras para sociedade, fazendo com que os alunos compreendam melhor sobre os determinados assuntos e os exercite, e no caso da violência, não a promova; além disso, é fundamental que o Ministério da Justiça e o Judiciário brasileiro trabalhe para promover maior fiscalização e punição a violência, aumentando o número de oficiais da justiça e severidade das penas. Dessa forma e atrelado a outras medidas de intervenção, o desafio da violência urbana no Brasil deixará de ser uma problemática.