Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo- argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A importância do ensino profissionalizante”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
A educação profissional no Brasil é amparada pela LDB e também conta com dispositivos próprios, como é o caso da lei 11.741/08, que institucionaliza as ações da educação profissional em todo o país.
Normalmente, os cursos profissionalizantes têm curta duração. Variando entre seis meses a dois anos, no máximo. Sendo que são extremamente focados no aprendizado do ofício de uma determinada profissão.
Portanto, sua carga de conteúdos teóricos é muito menor que a do ensino regular. Com grande número de aulas práticas e simulações de acontecimentos reais da vida profissional de cada área.
É comum que os ensinos profissionalizantes no país integrem a tecnologia às suas metodologias. Dando maiores possibilidades ao aluno na hora de simular situações reais do dia a dia e entregando conteúdos complexos de forma simplificada.
Disponível em: https://ensinointerativo.com.br/diferencas-entre-ensino-regular-e-ensino-profissionalizante/ (Adaptado)
TEXTO II
Disponível em: https://www.institutounibanco.org.br/aprendizagem-em-foco/27/
TEXTO III
O investimento em educação profissional é imprescindível para o aumento da competitividade do país, para a retomada do crescimento da economia num ritmo mais vigoroso e para a criação de melhores oportunidades de emprego. A qualificação técnica adequada se torna ainda mais importante no momento em que uma série de adaptações são exigidas das empresas e dos trabalhadores, em razão da quarta revolução industrial, chamada de “Indústria 4.0”.
Novas profissões, como engenheiro de cibersegurança, mecânico de veículos híbridos e projetista para tecnologias 3D, devem se consolidar nos próximos dez anos, de acordo com estudo do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). A previsão é que surjam, ao menos, 30 novas ocupações com a integração dos mundos físico e virtual por meio de tecnologias digitais, como internet das coisas, “big data”; e inteligência artificial. O levantamento aponta as profissões que devem ganhar relevância e mudar os segmentos automotivo, de alimentos e bebidas, de máquinas e ferramentas, de petróleo e gás, têxtil e de vestuário, químico e petroquímico, de tecnologias da informação e comunicação, e de construção civil. Nesse cenário, os trabalhadores precisarão ter capacidade de interpretação abstrata e formação técnica para operar equipamentos complexos.
O ensino técnico e aplicado permite que os estudantes sejam protagonistas de seu futuro, com a escolha do caminho que mais atenda às suas necessidades.
Com a recente reforma do ensino médio, iniciou-se um longo processo para alinhar o sistema educacional às melhores experiências internacionais, com a flexibilização e a diversificação do currículo regular. Nações desenvolvidas perceberam essa necessidade há muito tempo, e partiram na frente, investindo pesadamente em educação profissional. Os países da União Europeia têm, em média, 50,4% dos estudantes do ensino médio também matriculados em cursos profissionalizantes. Na Áustria, esse coeficiente é de 69,8%; na Finlândia, de 70,4%. No Brasil, o indicador é de apenas 11,1%, proporção que dificulta a inserção dos brasileiros no mercado de trabalho, e influencia os níveis de produtividade e inovação da indústria.
A formação técnica tem claros efeitos na renda. Pesquisas da PUC do Rio de Janeiro demonstram que, entre dois indivíduos com a mesma escolaridade, aquele que conta com um ano de educação profissional tem renda 18% maior. Técnicos da área de produção de petróleo e indústrias químicas, por exemplo, têm ganhos médios mensais de R$ 7.700. Um curso profissionalizante pode ser o primeiro passo de um plano de carreira que não exclua a obtenção de um diploma universitário. Um técnico em mecânica tem a opção de fazer, posteriormente, um bacharelado em engenharia. Para alguns jovens, a inserção rápida no mercado de trabalho é o passaporte para a conquista da cidadania e a continuação dos estudos.
Disponível em: https://noticias.portaldaindustria.com.br/artigos/paulo-afonso-ferreira/educacao-profissional-e-investimento-no-futuro/ (Adaptado)