Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A precarização do trabalho informal”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
‘Bico’ avança e paga cada vez menos no Brasil, mostra estudo
A precarização do trabalho por conta própria, o popular “bico”, avança a passos largos, como reflexo do desemprego elevado e do fraco desempenho da economia. Entre o segundo trimestre de 2019 e o segundo deste ano, aumentou em mais de 2 milhões o número de brasileiros, sem carteira assinada ou qualquer vínculo formal, com remuneração máxima de um salário mínimo por mês (R$ 1,1 mil). No segundo trimestre de 2019, esse contingente representava 48,2% dos trabalhadores que atuavam por conta própria. Hoje, já é mais da metade (55,6%). É o que revela estudo feito pela consultoria IDados a partir da Pnad Contínua do IBGE. O objetivo foi conhecer quem é o trabalhador por conta própria, praticamente a única forma de ocupação que cresce significativamente no País. O “por conta propria” é um informal que obtém remuneração a partir dos bens ou serviços que produz.
Disponível em: https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2021/11/08/bico-avanca-e-paga-cada-vez-menos.htm(Adaptado)
TEXTO II
Novas tecnologias e precarização do trabalho em tempos de crise
A pandemia da covid-19, que obrigou uma parcela significativa de pessoas a ficar em casa, revelou alguns dos problemas que a falta de empregos formais e bons acordos coletivos podem trazer para os trabalhadores. Uma constatação, sobre este modelo de trabalho, especialmente com a necessidade de ficar em casa por conta da pandemia, é a dificuldade de formar uma provisão. A manutenção, um fator de pouca previsibilidade, obriga o dono do automóvel a gastar parte do dinheiro que poderia tornar-se uma poupança. Outra questão é a necessidade de uma jornada muito alta para garantir o ganho necessário para as contas do mês.
Com a manchete “’Se aumentar mais, profissão acaba’: alta dos combustíveis já levou 25% dos motoristas de apps a desistir”, matéria na BBC News aborda esta questão, e mostra que mesmo pessoas que chegaram a ter, outrora, uma renda satisfatória, têm considerado, no momento, deixar de trabalhar com o aplicativo por ser impraticável realizar corridas, e ter um ganho razoável, com o atual preço dos combustíveis. Situação que se agrava quando o motorista precisa alugar um automóvel, que pode chegar a dois mil reais por mês.
Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/blogs/blog-na-rede/2021/11/novas-tecnologias-e-precarizacao-do-trabalho-em-tempos-de-crise/(Adaptado)