Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios para a valorização de atletas paraolímpicos no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
“Os esportes paraolímpicos crescem mais a cada ano. Já são mais de 20 modalidades de uma história que começou logo após a 2ª Guerra Mundial. Atualmente, o evento é uma categoria de esportes de alto rendimento e o seu desmembramento mostra a importância da categoria: Paraolimpíadas, Jogos Paraolímpicos de Inverno e as Paraolimpíadas escolares são alguns exemplos.
Diante desse crescimento, é necessário que os atletas sejam profissionalizados e, sendo assim, a presença de um preparador físico – o profissional de Educação Física – é imprescindível. Trabalhar com esse público requer um conhecimento muito mais aprofundado da realidade diária desses atletas, além de aspectos fisiológicos e cognitivos específicos de cada tipo de deficiência.”
Dísponivel em: <https://congressocarioca.com.br/esportes-paraolimpicos-conhecer-para-valorizar/>
TEXTO II
Disponível em:<https://disbuga.com/2016/09/10/a-festa-que-o-brasil-nao-viu/>
TEXTO III
Embora o discurso da superação seja constante quando se escreve sobre os paralímpicos, estes não têm a mesma percepção e chegam a contestar a forma como são vistos, arguindo que a superação é necessária tanto para atletas com deficiência quanto para os que não a possuem. A atleta Rosinha dos Santos, da equipe brasileira de atletismo presente nos Jogos Mundiais em Toronto, no Canadá, disse à TV Brasil “estar cansada” de ouvir o discurso de que o esporte é “uma terapia de superação”. A atleta criticou:
“As pessoas precisam enxergar que aqui o atleta com deficiência não é um coitadinho. Aqui, não tem nenhum atleta coitadinho, não. Ninguém aqui tá saindo de casa para conhecer pessoas e superar. Aqui tem atleta de alto rendimento. Igual aos atletas convencionais. O mesmo hino nacional que toca nas Olimpíadas, toca aqui. Todo o atleta com deficiência ou não tem que se superar. Aqui não é só superação. (GARRITANO; RICHARD, 2015, s/p).”
Os Jogos Paralímpicos são organizados com os mesmos princípios de seu irmão – os Jogos Olímpicos. Posições de destaque nos rankings das modalidades são exigidas, e, da mesma forma que nos Jogos Olímpicos, há divisões internas, categorias para cada deficiência, com classificação do grau de comprometimento. Desse modo, o discurso do caráter inclusivo do esporte paralímpico perde força, uma vez que se mostra tão segregador quanto àquele que lhe serve de modelo, pois, apesar de ser praticado por atletas com diagnóstico de deficiência, nem todos que gostariam de competir em uma Paralimpíada – ou ainda que possuem diagnóstico sobre sua condição – chegam a alcançá-la, visto que, do mesmo modo que seu grande modelo, ela acolhe somente aqueles que se destacam e atingem os índices. Dessa forma, os Jogos Paralímpicos corroboram o mesmo discurso esportivo, do desempenho e da potencialização corporal enunciados pelos Jogos Olímpicos.
Disponível em:<https://www.redalyc.org/journal/894/89453001014/html/>