Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios para a promoção do desenvolvimento sustentável das indústrias no século XXI”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Principais movimentações das empresas em relação ao desenvolvimento sustentável
Apesar da conscientização de que as mudanças não são opcionais, mas primordiais, ainda existe a necessidade de maior adaptação do setor empresarial. Aderir ao desenvolvimento sustentável vai muito além de ser bom para o planeta: a mudança de atitudes garante a continuidade dos negócios.
Em 2022, 70% dos brasileiros acreditavam que o aquecimento global prejudica a todos, e 90% deles também acreditam que com o passar dos anos aumentará ainda mais os desastres provocados por alterações climáticas. Em pesquisa realizada no Brasil, dos 100 líderes empresariais dos maiores grupos corporativos presentes em diferentes setores, 99% acreditam que a sustentabilidade é importante ou muito importante para os negócios e que as empresas desempenham papel imprescindível para viabilizar a mudança de modelo. A pesquisa reforça a tese de que os grandes desafios econômicos, ambientais e sociais podem e devem ser transformados em oportunidades.
Diversas empresas já estão trabalhando com o modelo de Economia Circular, no entanto, as empresas enfrentam um desafio crescente para expandir e criar valor em meio a um cenário de instabilidade e escassez no fornecimento de recursos, com elevação de custos e
incertezas nos negócios.
A chave para gerir este desafio está na Economia Circular, modelo alternativo que dissocia crescimento de utilização de recursos escassos, pois possibilita o desenvolvimento econômico dentro dos limites dos recursos naturais e promove a oportunidade às empresas de inovar.
O conceito consiste em um ciclo de desenvolvimento positivo contínuo que preserva e otimiza o capital natural, a produção de recursos e minimiza riscos sistêmicos, administrando estoques finitos e fluxos renováveis.
De forma mais prática, entre os modelos de negócio da economia circular está a extensão do ciclo de vida de produtos, que visa estender o ciclo de vida útil de mercadorias e seus componentes por meio de reparo, upgrade e revenda. Para elucidar melhor o conceito e os outros modelos de negócio propostos pela economia circular, basta acessar este documento.
Disponível em: : <https://cebds.org/desenvolvimento-sustentavel-o-que-e-e-objetivos/>
TEXTO II
Indústria, inovação e infraestrutura pelo mundo
Não podemos negar que a tecnologia tem avançado de forma veloz e surpreendente nos últimos anos. Com sua ajuda, a humanidade alcançou feitos que jamais seriam possíveis há algumas décadas. Mas, será que essas inovações chegam para todos? Ou ainda: quem são aqueles capazes de realizá-las? Será que não estaríamos vivendo de forma ainda mais avançada, se, por todo o globo, todos os países fossem capazes de investir em suas pesquisas, indústrias e infraestrutura da mesma maneira?
Uma pesquisa realizada pela empresa Bloomberg desenvolveu o Índice mundial de Inovação 2019, revelando os países mais inovadores do mundo. O estudo levou em consideração diversos fatores relacionados aos 3 “is” do nono ODS: investimento em pesquisa e desenvolvimento, valor agregado na indústria, densidade de empresas públicas de alta tecnologia, investimento na educação superior, registro de patentes, produtividade e concentração de pesquisadores. Em primeiro lugar no ranking está a Coreia do Sul, seguida pela Alemanha e, logo após, a Finlândia, completando o pódio.
[…]O outro lado da moeda
Mais de quatro bilhões de pessoas ainda não têm acesso à internet, e a grande maioria delas vive em países em desenvolvimento. Segundo um relatório da ONU, publicado em 2020, quase 87% da população de países desenvolvidos possui acesso à Internet, contra apenas 19% nos países em desenvolvimento. Como regiões onde menos de 20% poderiam conseguir realizar os mesmos investimentos em Indústria, inovação e infraestrutura que países onde quase 90% da população está conectada?
Assim, essa defasagem, que já é grande, tende a aumentar ainda mais, porque os países mais pobres acabam se tornando dependentes dos avanços econômicos e tecnológicos das regiões mais ricas e desenvolvidas. Países subdesenvolvidos sofrem uma forte influência de empresas multinacionais, que acabam sendo seus os principais centros produtivos. Porém, as empresas estrangeiras, no geral, têm pouco interesse em promover o desenvolvimento tecnológico do local onde estão instaladas suas filiais: elas buscam atender seus próprios interesses. Além disso, o lucro de suas atividades não permanece no país, pois migra para a nação sede, elevando cada vez mais sua economia e aumentando ainda mais a desigualdade entre as nações.
Diminuir essa distância digital é crucial para garantirmos acesso igualitário à informação e ao conhecimento, assim como propiciar a inovação e o empreendedorismo. Já imaginou do que seríamos capazes caso todos os países pudessem ter um investimento forte e consistente nos 3 “is”?
Disponível em: <https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/industria-inovacao-e-infraestrutura/>
TEXTO III