Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Principais desafios e estratégias para erradicar a pobreza e a miséria no século XXI”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
O que é pobreza?
Não há uma única definição de pobreza que seja universalmente aceita. Seu conceito depende dos valores de cada sociedade e é determinado conforme a lógica de cada país. A fim de traçar estratégias de combate, muitos governos e organismos internacionais adotam medidas de pobreza baseadas nos rendimentos ou no poder de consumo de um indivíduo.
De acordo com esse ponto de vista, pobre seria todo aquele cujo nível de renda ou consumo per capita de sua família ou domicílio ficasse abaixo do mínimo essencial para suprir necessidades humanas básicas. Esse mínimo é, usualmente, chamado “linha de pobreza”.
Como o necessário para satisfazer necessidades básicas varia ao longo do tempo e se adequa às particularidades de cada sociedade, as linhas de pobreza também variam, e cada país define linhas pertinentes ao seu nível de desenvolvimento, normas e valores socioculturais. Assim, alguns países adotam uma linha de pobreza oficial para balizar suas políticas de redução da pobreza.
Os últimos dados divulgados pelo Banco Mundial em outubro de 2016 levam em consideração a renda per capita diária e apontam a queda da pobreza em todo o mundo.
Em 2013, ano para qual estão disponíveis os dados mais abrangentes sobre a pobreza global, estima-se que 767 milhões de pessoas, ou 10,7% da população, vivem abaixo da linha internacional de pobreza de US$ 1,90 por pessoa por dia. É o menor percentual da história da humanidade, segundo a instituição. Cerca de 1,1 bilhão de pessoas venceram a pobreza extrema desde 1990.
Nos últimos anos, a comunidade internacional de proteção social vem sinalizando a necessidade de unir aspectos multidimensionais à insuficiência de renda para a determinação da pobreza. O Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), lançado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em 2010, complementa indicadores monetários de pobreza, considerando privações sobrepostas nas áreas de saúde, educação e padrão de vida, a fim de calcular o nível médio de pobreza em um país, estado, município ou bairro.
Disponível em: <https://wwp.org.br/o-que-e-pobreza/>
TEXTO II
Extrema pobreza cresce quase 50% e atinge 17,9 milhões de brasileiros em 2021, diz IBGE
O número de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza aumentou 48,2% em 2021 na comparação com o ano anterior. Isso significa que 5,8 milhões de pessoas passaram a viver com uma renda mensal per capita de até R$ 168 por mês.
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (2), mostram ainda que o número de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza aumentou 22,7% no mesmo período, ou seja, mais 11,6 milhões de brasileiros passaram a viver com R$ 486 mensais per capita.
Com o aumento, o país passou a ter 62,5 milhões de pessoas (29,4% da população) abaixo da linha da pobreza, incluindo 17,9 milhões de pessoas na pobreza extrema (8,4%). Em outras palavras, aproximadamente um a cada três brasileiros era pobre em 2021. Foram os maiores números e os maiores percentuais de ambos os grupos, desde o início da série, em 2012.
Os dados do IBGE também mostram que a pobreza atinge desproporcionalmente crianças e jovens. 46,2% das crianças de até 14 anos viviam abaixo da linha da pobreza em 2021, recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o percentual era de 33,2%, o triplo dos idosos (10,4%).
Disponível em: <https://www.brasildefato.com.br/2022/12/02/extrema-pobreza-cresce-quase-50-e-atinge-17-9-milhoes-de-brasileiros-em-2021-diz-ibge>