Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: Ensino técnico: Desafios e impactos no Brasil. Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Curso técnico profissionalizante acelera a entrada no mercado de trabalho
Está mais do que provado que o curso técnico profissionalizante acelera a entrada no mercado de trabalho. Estas modalidades educacionais de curta duração, além de oferecerem oportunidade para milhões de brasileiros, suprem uma demanda de mercado cada vez mais crescente por profissionais qualificados e especializados.
Também refletem de forma positiva na remuneração. De acordo com pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) junto ao Ibope, 82% dos entrevistados concordam que os profissionais com certificado de qualificação técnica apresentam salários maiores do que aqueles que não têm formação específica.
Apesar de apresentar números crescentes de adesão – expansão de 110% nas matrículas de 2011 a 2013 no ensino técnico federal, segundo o MEC (ministério da Educação), até pouco tempo a educação profissional não era vista como prioridade no Brasil.
Disponível em: http://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2014/06/08/curso-tecnico-profissionalizante-acelera-a-entrada-no-mercado-de-trabalho.htm
TEXTO II
Ensino técnico ou superior?
De tempos em tempos a sociedade brasileira retoma as discussões sobre o ensino técnico. A preocupação com a educação do jovem para o trabalho eleva-se em épocas de eleições e de baixa produtividade na economia, como atualmente. Programas de expansão de ensino técnico, como o Pronatec, deverão ser amplamente debatidos pelos candidatos a presidente. Alguns analistas argumentam que o brasileiro é obcecado pelo ensino superior e defendem que a expansão do ensino técnico seria suficiente para aumentar a produtividade da nossa economia. Afinal o que dizem os dados?
Não há dúvidas de que o ensino técnico é uma boa complementação para o ensino médio tradicional para os jovens que querem entrar diretamente no mercado de trabalho. Além disso, pode ser um instrumento importante para diminuir a evasão no ensino médio, que chega a atingir 50% em alguns Estados. Na medida em que o ensino técnico é mais voltado para o mercado de trabalho, pode fazer com que o jovem sinta-se mais interessado e estimulado a continuar na escola.
Disponível em: http://www.insper.edu.br/noticias/ensino-tecnico-ou-superior/
TEXTO III
Rumo para outra vida: educação para jovens da Fundação Casa ainda é exceção
A Fundação Casa tem um convênio firmado com as Etecs e Fatecs para oferecer aos internos a oportunidade de participar do processo seletivo. Em Jacareí, o segredo foi o apoio da equipe: as atividades foram reorganizadas para que os candidatos tivessem mais tempo para estudar. Além disso, os profissionais que trabalham na unidade colocaram à disposição para eles as provas antigas e se mobilizaram para pesquisar e esclarecer dúvidas com os professores do ensino regular.
“Os que estão no primeiro ano podem fazer o ensino médio integrado ao técnico. Os que estão no segundo, no terceiro e os que concluíram o ensino médio podem fazer o curso isolado. São muitas possibilidades e a Fundação Casa não consegue viabilizá-las”, avalia o professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Roberto Silva, que é especialista no tema. “Os internos podem iniciar cursos ainda no regime de internação e têm vaga garantida em qualquer escola perto da casa deles depois de libertos.
Ariel de Castro Alves concorda: “Nós não temos como concorrer com o crime se não oferecermos oportunidades educacionais efetivas, com incentivos inclusive financeiros, para bolsas de estudos”, continua. “A ideia era que o jovem recebesse estrutura para restabelecer vínculos com a família e criar um novo projeto de vida, no qual a prioridade seja a educação e não o consumismo. Se o estado não apoia, o menino acaba voltando para o crime. Se o estado exclui, o crime vai acabar incluindo e não vamos conseguir evitar isso apenas com palavras, conselhos e orientações.”
Disponível em: http://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2014/03/rumo-para-outra-vida-educacao-para-jovens-da-fundacao-casa-ainda-e-excecao-2911.html