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Enviada em: 09/10/2019

No livro "Utopia", do escritor inglês, Thomas More, é criado um local onde inexiste problemas sociais e o trânsito é perfeitamente fluido. Na realidade brasileira, entretanto, o aumento populacional, associado à má gestão estatal são fatores que corroboram a crescente crise da mobilidade urbana, o que tornou-se um entrave de enorme relevância. Sob esse aspecto, é imprescindível a discussão acerca de possível medida para solucioná-lo.   Mormente, a ampliação exacerbada da população mundial influencia, diretamente, na mobilidade das cidades. Nesse contexto, segundo o sociólogo britânico do século XXI, Anthony Giddens, o global afeta o local e vice-versa, ou seja, esse exagero populacional gera consequências lamentáveis em escala nacional e municipal, como aumento da violência urbana e dos congestionamentos. Por isso, é inadmissível que um país, em estágio de desenvolvimento, permaneça inerte perante tal situação.   Em segunda análise, a negligência governamental impulsiona ainda mais essa problemática. Pois, com a baixa qualidade dos transportes públicos, muitos indivíduos são atraídos para a utilização de veículos privados, o que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -IBGE-, chega aos 7 milhões, apenas na cidade de São Paulo. Com isso, amplia-se o número de automóveis nas estradas e, consequentemente, prejudica a mobilidade urbana, portanto, urge medida para atenuar esse impasse.   Diante disso, para que haja uma redução das influências determinadas por Giddens, é necessária uma ação mais organizada do Estado. Assim, cabe ao Ministério da Infraestrutura garantir um transporte público de qualidade a toda sociedade, por meio de maiores investimentos nessa área, com verbas devidamente utilizadas, a fim de alterar as preferências individuais e direcioná-las aos veículos coletivos, dessa forma, obterá uma melhoria significativa na mobilidade urbana nacional e o Brasil se aproximará socialmente do local idealizado por Thomas More.