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Enviada em: 19/04/2018

"O importante não é viver, mas viver bem". De acordo com Platão, a qualidade de vida é, muitas vezes, mais considerável que a própria existência. Entretanto, é evidente que os problemas acarretados pela dissipação alimentícia no país distanciam a comunidade de vivenciar o pensamento do filósofo grego. Portanto, urge a necessidade de reconhecer e problematizar os gastos públicos e ambientais que o desperdício de alimentos gera ao território nacional. Do mesmo modo, mostra-se necessário evidenciar os malefícios que a resguarda dessa prática acarreta à realidade da população carente.       Em primeiro plano, ressalta-se, segundo bases extraídas da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, que um terço do total de comidas geradas no mundo inteiro é jogado fora. Ainda, em conformidade com a Agência Nacional de Águas, a cada 100 litros de água tratada produzidas no Brasil, 72 vão para o agronegócio. Dado isso, interpreta-se que analogamente ao uso hidrográfico excessivo no manuseio da agricultura, o descarte compulsório de perecíveis também se encontra evidente. Por conseguinte, essa atividade, até então, sequer recebeu investimentos Estatais voltados a políticas de tecnologias conservativas a fim de evitar esse prejuízo monetário.       Por outro lado, o preparo de refeições não é uma veracidade presente no cotidiano de todos os cidadãos, sucedendo uma realidade existente na parcela brasileira detentora de recursos financeiros e não vivenciam a indigência do país. Sendo assim, há um grande contraste entre a parte da comunidade que ainda presencia a fome no cenário nacional e a produção exacerbada de alimento produzida que todos os dias é desperdiçada. Exemplo disso é a pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária que relata a quantia substancial acumulada sendo o suficiente para nutrir cerca de 19 milhões de pessoas diariamente.       Face às considerações exploradas, cabe ao Governo Federal a criação de leis que vigiem e exerçam o estímulo monetário aos supermercados para que exerçam descontos e promoções às comidas de aparência danosa, objetivando economizar os gastos destinados ao setor abordado. Para mais, do Ministério da Educação, espera-se palestras e a adoção da matéria Socioambiental na grade curricular, a fim de politizar a população no que diz respeito à importância de extinguir o desperdício de alimentos no Brasil. Só assim será possível a construção de um país condizente com a premissa platônica.