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Enviada em: 11/07/2018

A alimentação é uma atividade vital para os seres, no qual desde o período Paleolítico os indivíduos caçavam para adquirir o próprio alimento e desenvolviam técnicas de conservação, para uma maior durabilidade desse. Devido a tais práticas, atualmente, tem-se um maior desenvolvimento nos processos de produção e preservação dos alimentos. Porém, o Brasil, mesmo com as tecnologias e políticas sociais, é um dos países que mais desperdiça comida no mundo e, do mesmo modo, possui uma grande parte da população que não tem o que comer.   Dito isso, uma pesquisa realizada pela multinacional britânica de bens de consumo, Unilever, chamada World Menu Report, do ano de 2016, afirmou que 96% dos brasileiros se preocupa com o desperdício de alimentos. Isto é, há uma conscientização por parte da população, entretanto não existe uma prática efetiva dessa preocupação, visto que, de acordo o Banco de Alimentos, associação civil que atua com o objetivo de minimizar os efeitos da fome e combater o desperdício de alimentos, são desperdiçados mais de meio quilo por dia por cada brasileiro.    Além disso, mesmo com as práticas avançadas de cultivo, manejo, plantação e transporte de produtos alimentícios, grande parte desses são perdidos durante o manuseio nos supermercados e feiras, logística de produção, e também, na preparação das refeições pelos próprios cidadãos. Da mesma forma que há um estremo descarte de frutas, carnes e vegetais não consumidos e em boas condições, de acordo com a Organização das Nações Unidas, uma em cada oito pessoas no mundo dorme com fome todos os dias, ou seja, o mantimento que é tratado como inutilizável por parte das pessoas daria para alimentar grande parte dos indivíduos que não se alimentam regularmente.    Portanto, dado que o Brasil desperdiça muitos alimentos diariamente e que esse gasto poderia ser utilizado para subsistência de outras pessoas, é de suma importância que o Governo Federal em parceria com as grandes mídias, como redes televisivas e rádios, elabore, por meio de impostos, campanhas que incentivem a população a não esbanjar alimentos, evidenciando que práticas simples como olhar a data de validade dos produtos nos rótulos e escolher os comestíveis com datas mais longas de expiração e dar preferência as mercadorias regionais são os principais meios de combater o  descarte desses. Cabe também aos cidadãos adaptarem os meios de preparo das refeições a práticas sustentáveis, como utilizar os talos, sementes e poupas em vez de joga-lós fora, e optar pela compostagem, que consiste em transformar os restos de alimentos em adubo. Para que, dessa forma, o desperdício no âmbito da alimentação possa diminuir e, consequentemente, ser extinguido.