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Enviada em: 11/07/2018

É de conhecimento nacional que as terras brasileiras produzem bastante alimento, capaz de acabar com a situação de miséria no Brasil. Todavia, ainda existem milhões de pessoas que praticamente não tem o que comer, e esse problema está intimamente relacionado ao enorme desperdício em toda cadeia de produção. Ademais, grandes produtores, devido às suas ganâncias, usam métodos para elevar os preços deixando que suas colheitas apodreçam, o que também gera um grande problema.    Dessa forma, o que é desperdiçado é divido em etapas: 10% na colheita, 50% no manuseio e transporte, 30% nas centrais de abastecimento e 10% no uso doméstico, de acordo com a instituição ONU Verde, em 2015. Isso faz com que se perca 40 mil toneladas de alimentos por dia, segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Ou seja, o real problema da fome dos cidadãos brasileiros está ligada ao desperdício irresponsável da produção.    Sendo assim, tais atos ajudam para que, atualmente, 52 milhões de pessoas estejam abaixo da linha da pobreza no Brasil, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e se alimentem de maneira desumana. Esse não é um fenômeno dos últimos anos, já que, durante a década de 1990, morriam mais de mil crianças por dia devido à inanição, segundo dados do Ministério da Saúde na época.    Além disso, há um desperdício da produção de forma consciente pelos agricultores e ocorre para elevar o preço do produtor pela sua menor oferta no mercado Foi esse o caso de produtores de tomate, que em 2016 destruíram dezenas de toneladas da fruta, na perspectiva de que o preço dele aumentasse. Essa não é uma prática nova e mostra-se totalmente anti-povo.    É necessário, portanto, que seja tomada duas medidas: primeiramente, ONGs (Organizações Não Governamentais) que atuam no combate à fome, deveriam atuar nos centros de distribuição, como a CEASA, e recuperar os alimentos que iriam para o lixo apenas por não vistosos aos olhos do consumidor, e, assim, distribuí-los para as famílias carentes, garantindo-lhes uma alimentação digna. Em segundo lugar, é fundamental que o Estado Brasileiro crie uma lei que multe pesadamente os agricultores que usarem de mecanismos artificiais para inflação dos preços, para que se possa evitar o encarecimento dos produtos agrícolas para à população. Tudo isso é imprescindível para o combate à fome no país.