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Enviada em: 03/09/2018

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação alerta que cerca de trinta por cento dos alimentos produzidos no mundo são desperdiçados. Esse desperdício é muito representativo e traz consigo outras implicações: a escassez e o encarecimento dos alimentos, que afetam as pessoas mais humildes, e o consumo de recursos naturais sem uma contrapartida útil. Por isso, o desperdício de comida deve ser evitado e combatido.       Apesar de ser um problema real, o conhecimento necessário para evitar o desperdício ao longo do processo de plantio, colheita, encaixotamento, transporte, armazenamento e venda é relativamente simples e de certa forma conhecido. De modo idêntico, muitas práticas necessárias aos moradores das cidades para evitar o desperdício carecem apenas de um pouco de empenho para sua realização. O problema reside, pois, na falta de informação e capacitação das pessoas envolvidas, que eventualmente ainda subestimam a severidade da situação como um todo e a relevância das pequenas contribuições individuais.       Nesse sentido Paulo Freire, um dos pensadores mais importantes da pedagogia em todo o mundo, citou que  a educação não transforma o mundo; ela muda as pessoas as quais então podem transformar o mundo. No contexto do desperdício de alimentos cabe então supor que a conscientização das pessoas sobre o tema é uma das formas mais efetivas para combater efetivamente o desperdício de alimentos.      Assim, para contornar o problema, insta que as pessoas passem a ter e preservar uma consciência coletiva de que evitar o desperdício é uma questão humanitária, que libertará milhares de pessoas da fome, e também uma questão ambiental, na medida em que poupará o uso de recursos naturais. Para formar essa consciência, os cidadãos devem começar a exigir que as autoridades instituam mecanismos de políticas públicas e campanhas educativas para conscientizar a sociedade da amplitude dos efeitos do desperdício e do valor das pequenas ações individuais.