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Enviada em: 16/08/2018

A revolução verde do século XX, com a introdução da tecnologia no campo, possibilitou a humanidade produzir alimentos em escala industrial. Assim, produz-se muito mais do que o necessário para suprir as calorias diárias de cada ser humano do planeta. Nesse contexto, o desperdício alimentar, durante o transporte e nos consumidores finais, torna-se uma problemática a ser discutida, pois encarece o produto e dificulta o acesso de pessoas carentes a ele.   Hodiernamente, a precária infraestrutura no modal rodoviário brasileiro é uma das causas de tanto desperdício. Segundo dados do Conselho Nacional de Trânsito, apenas 12% das estradas brasileiras são asfaltadas, o que torna as viagens mais longas e demoradas. Somado a isso relatórios da ONU, nos quais relatam que cerca de 50% dos alimentos perdidos no mundo ocorre no transporte, é claro a importância do modal escolhido ter qualidade, a fim de garantir preços menores ao consumidor final e maior disponibilidade de comida.   Ademais, outra grande causa do desperdício é a falta de conhecimento sobre preparo de alimentos. Nesse sentido, de acordo com o IBGE pelo menos 25% do orçamento familiar brasileiro direciona-se para alimentação e em conjunto com dados da ONU, de que 10% do desperdício acontece nos consumidores finais, temo uma situação na qual o cidadão brasileiro joga fora parte do seu dinheiro por não conseguir aproveitar da melhor forma o alimento. Dessa forma, se houvesse educação alimentar nas escolas menos comida iria para o lixo.  Infere-se, portanto a necessidade da diminuição do desperdício, com o intuito de diminuir os preços e facilitar o acesso aos mais carentes. Dessa forma, o Governo federal, nas figuras do Ministério dos Transportes e do Ministério da Infraestrutura, deve fazer licitações para asfaltar as estradas brasileiras e também fiscalizar, através do Ministério público, a manutenção das novas e das já existentes, com o intuito de tornar as viagens mais rápidas e com menor desperdício. Além disso, o Ministério da Educação deve introduzir na grade curricular brasileira a educação alimentar e, em parceria com as escolas, promover eventos de culinária com ênfase na redução do desperdício, a fim de os jovens se tornarem adultos conscientes da importância do correto manejo do alimento. Consequentemente, ao adotar-se essas medidas o Estado brasileiro conseguirá reduzir pela metade o desperdício alimentar e facilitar o acesso dos mais carentes a comida, por conta dos menos preços.