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Enviada em: 30/09/2018

Do excedente à miséria   "Ação da cidadania contra a fome, miséria e pela vida" é uma organização fundada pelo sociólogo Betinho, a qual visava à mobilização dos setores da sociedade brasileira para solucionar os imbróglios da subnutrição, no final do século XX. Hodiernamente, o país presencia, também, o cenário oposto com o desperdício de alimentos, tornando contraproducente a ação de tal órgão. Sob esse aspecto, convém explorar as principais consequências desse fenômeno no Brasil.   Sendo assim, um desses efeitos é o prejuízo descomunal a economia do país. Conforme a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o custo do desaproveitamento alimentício alcança 750 bilhões de dólares, por ano, no mundo. Quando contextualizado, dessa forma, tal quadro nas conjunturas verde e amarela, observa-se que os déficits tangentes às finanças nacionais ascendem. Ou seja, o desperdício leva ao retrocesso econômico, desencadeando outros problemas.   Dessa maneira, nota-se que o crescimento da fome é proporcional ao esperdício de alimentos. Uma vez que há demanda nutritiva exagerada nas regiões centrais do país, constata-se uma defasagem na distribuição desse para o contingente demográfico canarinho. Consoante o IBGE, 3% da população brasileira passa fome, estando essa concentrada nas áreas periféricas do Brasil. Prova- se assim, portanto, a importância da extinção do desaproveitamento alimentar.   Destarte, para que a organização fundada por Betinho não seja apenas uma aspiração teórica, faz-se necessária uma intervenção. É fundamental que a Câmara dos Deputados formule uma lei complementar exigindo incentivos fiscais para as empresas de supermercados com a finalidade de que essas arrecadem o excedente estocado de suas prateleiras e promovam doações mensais de tais alimentos para os mais carentes, a fim de amenizar os desperdícios e a subnutrição no país. Somente assim, então, será possível ter uma sociedade mais igualitária e consciente.