Enviada em: 16/10/2018

De acordo com a Teoria Malthusiana elaborada no século XIX, a tendência no crescimento da população mundial ocorreria em progressão aritmética ,enquanto a produção de alimentos em progressão geométrica, sendo portanto insuficiente para alimentar a população mundial. Entretanto, ao contrário do que Thomas Malthus - autor da teoria-  esperava, o principal responsável pela fome não seria a baixa produção de alimentos, mas sim o seu desperdício, ora pela má distribuição e manuseio em sua produção, ora pelo seu descarte irrefletido pelas grandes redes de supermercado e hortifrúti. Desse modo conferindo-se como uma problemática persistente.  Produtos considerados "imperfeitos" por serem maiores ou menores que o comum, ou por estarem muito maduros são majoritariamente descartados pelos supermercados e hortifrútis, o que denota a principal fonte de desperdício de alimentos orgânicos, antes de chegar as mãos do consumidor. Além disso, é indubitável que tais alimentos fora do padrão, mas passíveis de consumo seriam importantes na alimentação de pessoas socioeconomicamente carentes, mas que devido a não importância econômica para os comerciantes são direcionados ao lixo.   Outrossim, o manuseio e o deslocamento dos alimentos também representam uma importante fonte de desperdício, pois de acordo com a Embrapa cerca de 50 % dos alimentos são perdidos nesse processo. Desse modo, o atraso tecnológico da matriz de transporte brasileira acarreta a baixa produtividade do setor, além de propiciar o desperdício de alimentos perecíveis, que devido ás extensas viagens e arcaicas técnicas de conservação, apodrecem, ou tornam-se impossível para o consumo.  É indubitável a necessidade de solução ou amenização do exposto, logo, cabe ao poder executivo, minimizar a questão do desperdício de alimentos, através de parcerias público-privadas com o comércio alimentício, oferecendo isenções fiscais àqueles que reduzirem o descarte, disponibilizando tais insumos a menor preço para a população carente, para que assim amenize a problemática presente.