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Enviada em: 17/10/2018

Os seres humanos, como heterótrofos, dependem da alimentação para sobreviver. Nesse sentido, visto a capacidade limitada do planeta para suprir essa necessidade - mesmo após a "Revolução Verde" que potencializou a produção com auxílio da tecnologia - a quantidade de comida disponível deve ser utilizada ao máximo. Assim, é axiomática a importância de extinguir o desperdício de alimentos no Brasil, por meios que auxiliem a sociedade na cognição da importância do assunto, sobretudo devido as contradições existentes.        É indubitável o papel da ignorância na persistência da conjuntura. De acordo com Sir Arthur Lewis, economista britânico: "Educação nunca foi uma despesa, sempre foi um investimento com retorno garantido". Nesse seguimento, em consonância com os pensamentos do citado, a ausência de esforços educativos em relação  ao tema gera perdas significativas. Visto que, o manejo incorreto de alimentos durante seu trajeto do campo até a cidade e na esfera familiar, possivelmente ocasiona desperdícios, como o descarte de partes do alimento que poderiam ser aproveitadas novamente em outras receitas. Deste modo, o uso ideal dos recursos disponíveis é condicionado pela implementação de medidas educativas, por parte das autoridades responsáveis.        Diante do elencado, a urgência em solucionar a problemática é visível pelas desigualdades presentes no país. Nesse cenário, é paradoxal o desperdício de alimentos enquanto há carência de gêneros alimentícios em diversos seguimentos do território. Por exemplo, a fome é uma constante no sertão nordestino, região semi árida do bioma caatinga, em que a agricultura é dificultada pelo reduzido volume de chuvas. Dessa maneira, a extinção do desaproveitamento dos gêneros alimentícios é um imbróglio a ser superado no caminho de democratizar o acesso a eles. Sendo assim, a alteração do status quo dependa da aplicação de ações efetivas.       Em conclusão, é evidente a importância de extinguir o desperdício de alimentos no Brasil, principalmente, a partir de uma educação da sociedade, dado os contrastes existentes. Portanto, o Governo Federal, por meio de um redirecionamento de verbas para o Ministério da Educação, deve incluir no conteúdo programático do ensino médio brasileiro, na disciplina de Biologia, assuntos relacionados a correta conservação e manipulação de alimentos, a fim de tornar a população mais responsável ao tratar o tema a longo prazo; além da utilização das novas tecnologias para facilitar a compreensão do assunto, ilustrando: exibição de palestras ministradas por especialistas e disponíveis na internet. Dessa forma, o brasileiro, animal heterótrofo, avançará no sentido de utilizar ao máximo a comida disponível.