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Enviada em: 23/10/2018

A fome é um dos maiores problemas do mundo, em prol de combatê-la, a ONU possui um setor dedicado à alimentação e agricultura (FAO). Destarte, o combate ao desperdício de alimentos é uma das atribuições desse setor. Nesse quesito, as perdas alimentícias têm agravado a situação de miséria da população carente, sobretudo, devido à falta de infraestrutura e a cultura do desperdício.    Em se tratando da infraestrutura, a sua falta é responsável aumentar o desperdício de alimentos no processo de transporte ao comerciante. Dessa forma, pode-se destacar uma dependência do modal rodoviário, que foi estimulado desde o governo Juscelino Kubitschek. Consequentemente, há comprometimento da mobilidade rural e urbana decorrente do excesso de automóveis. Além disso, a perda dos alimentos é responsável por encarecê-los, prejudicando ainda mais a sociedade.   Contiguamente, segundo pesquisa da FAO, em áreas mais desenvolvidas infraestruturalmente, predomina-se o desperdício no varejo e consumo. A razão disso é uma cultura do desperdício praticada por consumidores, restaurantes e supermercados, rejeitando produtos saudáveis e comestíveis, porém com imperfeições, como amassados. Sendo assim, a realidade comprova o que a Organização Mundial da Saúde já apontava, produz-se mais do que o necessário, sendo a fome decorrente do desperdício e da distribuição desigual.   Por tudo isso, cabe ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes propiciar uma diversificação dos modais, por meio do investimento nas ferrovias e aproveitamento do potencial hidroviário brasileiro, desse modo, é possível diminuir as perdas dos alimentos, além de torná-los mais acessíveis. Ademais, as distribuidoras e mercados podem criar promoções e propagandas que estimulem o consumo dos alimentos que costumam ser rejeitados mesmo sendo comestíveis, informando o consumidor sobre a segurança desses, logo, reduzindo o desperdício.