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Enviada em: 31/10/2018

O desperdício de alimentos é um dos problemas mais vigentes do século XXI. A respeito disso, sabe-se que se os índices de perdas entre os níveis de produção e de escoamento fossem contidos, conseguiría-se alimentar toda a população que passa fome no mundo. No entanto, a falta de políticas públicas eficientes pelo Estado e a má formação sociocultural do brasileiro impossibilitam a promoção da melhoria e da erradicação dos desperdícios.      A priori, é possível afirmar que o tipo rodoviarista de transporte utilizado, de acordo com o Ministério da Agricultura, 2018, concerne as maiores taxas de estragos de mercadorias durante as viagens pela demora na entrega dos produtos. Quanto a essa questão, é notório que a ausência de investimentos e de incentivos a modais mais eficientes pelo Estado são fatores elementares para a continuação da cultura do desperdício. Esse cenário põe não só a humanidade em risco, como também outras espécies, uma vez que a natureza é desgastada cada vez mais para produzir maiores quantidades de comida.      Sob outro viés, segundo Aristóteles, só é possível alcançar a Eudaimonia (felicidade plena, bem estar-social) se houver um laço forte entre diferentes esferas sociais, ou seja, se a política trabalhar junto à ética. Seguindo essa linha de raciocínio, é de fundamental importância discutir a responsabilidade individual dos cidadãos quanto à problemática vigente, já que, o setor consumidor é o terceiro que mais desperdiça, consoante boletim do jornal NEXO, 2018. Logo, para isso, o filósofo supracitado ratifica a necessidade de uma autocrítica do ser humano, a fim de que suas ações não prejudiquem os demais membros da sociedade.      Visto isso, faz-se necessária a reversão de tal contexto. Primeiramente, urge que o Governo Federal, por meio de investimentos sólidos, invista em outros modais que otimizem o tempo de entrega, como o ferroviário e o marítimo, a fim de que os alimentos sejam poupados de desgastes e apodrecimentos pelos atrasos nas suas distribuições e, dessa forma, se reduzam os prejuízos ao longo da locomoção. Não obstante, compete à Escola promover debates e palestras aos seus alunos, junto às famílias, para que haja a formação do pensamento crítico sobre a gravidade da cultura do desperdício, seja pelos danos ambientais, seja por empatia aos que passam fome todos os dias. Dessa maneira, a Eudaimonia poderá existir na prática.