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Enviada em: 03/11/2018

Os primeiros relatos das civilizações datam cerca de 6000 anos, e só foram possíveis devido ao desenvolvimento da agricultura e da escrita, na região do Mediterrâneo. Atualmente, por causa da divisão do trabalho, as técnicas de plantio não são conhecidas por todos – já que, no modelo capitalista, adquirem facilmente os alimentos -, e por serem desvalorizadas culminam no desperdício.       É válido considerar, inicialmente, que o desperdício alimentar é resultado da inversão na lógica de consumo. Segundo a Embrapa, mais de 40 mil toneladas de alimentos são inutilizadas diariamente, de forma que a compra em excesso e a desatenção às datas de validade colaboram para a paráfrase do matemático René Descartes: “Desperdiço, logo existo”. Nesse sentido, entende-se que não só o consumidor é prejudicado, mas também a sociedade, pois ainda há quem sinta fome diante dessa problemática.       Além disso, a falsa necessidade de demanda alimentar, que o desperdício gera, induz sua produção em larga escala. Dessa forma, a consequente expansão do agronegócio afeta negativamente os biomas nacionais, já que a alimentação sobrepuja-se em detrimento da biodiversidade. A isso infere-se que a vida das mais variadas espécies, inclusive a humana, dependem de uma urgente mobilização em prol da diminuição desse problema.       Faz-se necessário, portanto, que alternativas para a diminuição do desperdício alimentar sejam desenvolvidas. Logo, o MEC e o Ministério do Meio Ambiente devem promover acesso à informações alimentares e ambientais, sobretudo às crianças, por meio de panfletos reeducacionais, que sejam discutidos em sala de aula, para que os novos hábitos sustentáveis sejam cultivados desde a infância. Dessa forma, a longo prazo, o Brasil será repleto de pessoas que conhecerão e valorizarão o alimento e a natureza.