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Enviada em: 29/07/2019

A teoria Malthusiana, desenvolvida por Thomas Malthus, no século XVIII, defendia que a produção de alimentos seria insuficiente para atender a demanda populacional crescente. Tal premissa, no século XXI, tornou-se irreal, em virtude da modernização e tecnologia que possibilita a produtividade em grande escala. No Brasil, entretanto, o desperdício de alimentos é situação recorrente no cotidiano dos brasileiros, haja vista que essa problemática se faz presente desde as etapas produtivas e se mantém até o momento de compra exagerada por parte dos consumidores.    Em primeiro lugar, nota-se que o desperdício de alimentos ocorre em todas escalas de produção. A precariedade da estrutura logística e os déficits no sistema de preparação do alimento até que o mesmo chegue aos supermercados fazem com que muitos desses alimentos sejam perdidos ao longo desse processo, seja por expirarem o prazo de validade ou por serem manipulados de forma inadequada. Dessa forma, esses condimentos deixam de ser comercializados e vão para o descarte.   Sob uma segunda análise, sabe-se que a compra exagerada e inconsciente dos consumidores torna tal problemática ainda mais preocupante. O hábito de comprar mais alimentos do que realmente é necessário faz parte de uma cultura de fartura, que é característica em muitas famílias brasileiras. Segundo pesquisas da Embrapa, cada brasileiro desperdiça, em média, 41.6 quilos de alimentos por ano, isto é, uma parcela dos alimentos que são comprados, na maioria das vezes, não é consumida e, portanto, acaba sendo jogados no lixo.   Infere-se, por conseguinte, que o aumento do desperdício de alimentos é um problema de ordem social que necessita ser atenuado. Dessa forma, cabe ao Poder Legislativo instituir uma legislação específica e rígida acerca da produção de alimentos e logística dos mesmos, a fim de otimizar a estrutura e qualidade-padrão desses condimentos. Outrossim, compete ao Ministério da Educação e Cultura, em parceria com escolas públicas e privadas, desenvolver projetos e campanhas comunitárias que conscientizem a comunidade escolar, em especial os estudantes, sobre a necessidade do consumo consciente dos alimentos. Tal medida pode ser feita por meio de palestras e debates entre escola e comunidade, com o objetivo de desenvolver a consciência de consumo dos alunos e garantir que as gerações futuras não pratiquem atitudes de desperdício.