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Enviada em: 14/07/2017

A partir do momento que o mundo viveu a Revolução Verde, a quantidade de alimentos produzida cresceu exponencialmente, mas junto a isso, o desperdício alimentar aumentou quase na mesma proporção. No Brasil, segundo a Embrapa, 41 mil toneladas de comida são desperdiçadas diariamente, devido à logística inadequada na cadeia de produção, o alimento é mal transportado, de tal forma que, a maior perda verificada é no transporte do alimento, por outro lado, vivenciamos um comportamento nada consciente na sociedade brasileira.       O comportamento da sociedade, como também, a cultura de um povo, são fatores que ajudam a elevar as estatísticas de desperdício no mundo. No Brasil, a maioria das famílias de classe alta e média está acostumada com a fartura alimentar do dia a dia, como também a compra excessiva de alimentos. Algumas delas possuem o pensamento equivocado de que comida boa é aquela feita no dia. Dessa maneira, o desperdício é inevitável, diariamente muitas comidas em bom estado são jogadas no lixo, apenas pelo motivo de não ser do dia. Porém, até que a comida chegue às mesas das casas, recursos ambientais são gastos, como por exemplo: áreas de florestas são desmatadas para que produza o alimento, além do tempo de produção, o desgaste do solo, e todo dinheiro investido nesse mercado. Por consequência, o desperdício, eleva o prejuízo econômico de um país além de representar uma vasta e inútil drenagem de recursos ambientais.       Junto a isso, a deficiente coordenação da cadeia produtiva brasileira, faz com que 50% da produção seja desperdiçada apenas no transporte e 30% nas centrais de abastecimento. É evidente a limitação tecnológica e administrativa das organizações alimentícias. É preciso mais investimento governamental nesse quesito, para que o enorme potencial de produção alimentar do Brasil seja atingido com sucesso e com o mínimo de desperdício. Enquanto isso, a matéria orgânica é cada vez mais acumulada no país, trazendo consigo a elevada emissão de gases, que devido à decomposição da matéria, emite gases como o dióxido de carbono que agrava o efeito estufa.         Assim sendo, o problema é de cunho comportamental, seja familiar ou de empresas alimentícias. Mas também, é imprescindível um engajamento da mídia e do governo para colocar em prática ações concretas de redução do desperdício. Isso pode ser feito, pela divulgação de vídeos educacionais, que mostrem as causas e os impactos do desperdício na sociedade, além de ensinar maneiras de não desperdiçar comida em casa. Além disso, é necessário incentivo público para o uso de embalagens que garantam a qualidade do alimento até chegar aos polos de distribuição.