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Enviada em: 19/10/2017

Educar para consumir             Quando se discute sobre o desperdício no Brasil, observa-se que esta é uma realidade lamentável que abscinde milhões de pessoas de terem alimento em suas casas. Diante desse cenário, não há dúvidas de que é preciso fomentar uma cultura de menos desperdício e consumo.   É necessário compreender que o desperdício está diretamente relacionado ao vigente padrão de vida apregoado pelo sistema capitalista. É lamentável, contudo, que as pessoas tenham deixado padrões e  costumes se tornarem mais importantes do que o direito a dignidade humana. Em vista disso, não há dúvidas de que é necessário que haja uma reeducação de conceitos e uma autoanalise que leve a extinção do desperdício no Brasil.        Sob essa ótica, é possível perceber que o pai da demografia, Tomas Malthus, estava errado ao afirmar que faltaria alimentos-milhões de pessoas passam fome porque não há distribuição eficiente de renda e alimentos-. Define-se, nesse caso, como ponto de partida a necessidade de adotar medidas que visem tornar essa problemática uma realidade feliz para milhões de cidadãos brasileiros que ainda passam fome. O mais preocupante, contudo, é constatar que o desperdício de alimentos ocorre desde a colheita até a prestação de serviço. Assim, fica claro que é preciso a união Estado-cidadão para combater essa realidade que persiste.       Segundo o sociólogo Bauman, a marca da contemporaneidade é a rotulação e atribuição de valores ao ser humano. Partindo dessa verdade, o desperdício alimentar é visto como uma prática normal, sendo pouco discutida nos meios de comunicação de massa. Diante dessa perspectiva, é preciso reeducar a população através de propagandas e palestras escolares a comprar somente o necessário, além de preparar e servir a mesa somente o que vai ser consumido. Ademais, é preciso que o Estado fomente a prática de diminuir preços dos alimentos nas prateleiras dos supermercados próximo a data de vencimento desses.