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Enviada em: 08/05/2018

Desde os processos denominados revoluções industriais o mundo vem priorizando produtos e mercados em detrimento de valores humanos essenciais. A necessidade da perpetuação do capitalismo cria um cenário onde os fins justificam os meios, reafirmando a tese maquiavélica. Nesse contexto, surge a publicidade infantil, cuja prática, no Brasil, é abusiva e prejudicial à criança, e por isso, deve sofrer modificações.  Os diferentes graus de sutileza com o qual determinado produto é exposto evidencia a despadronização da publicidade infantil, cuja pouca regulação resulta em abusos. Esses por sua vez concretizam-se através de artefatos apelativos direcionados a criança, de modo a suscitar em sua mente imatura a ideia do consumo.  Não à toa, a necessidade da intervenção da CONANDA (conselho nacional de proteção aos direitos da criança e adolescente) no que tange a restrições dos conteúdos propagados, uma vez que, muitas empresas aproveitam-se de uma condição natural infantil, a inocência, manipulando crianças para apenas vender um produto.  Outrossim,as propagandas infantis, quando abusivas, não só inibem a criação de um senso crítico ,no que se refere ao consumo, como também o atrela ao ideal de felicidade. Dessa forma, o indivíduo é sugestionado, desde a fase infantil, a atibuição de realizações pessoais ao ganho material. Consequentemente, impactos psicológicos serão gerados na vida daquela criança permeando-a até a fase adulta, como tendências narcizistas e susceptilidade ao consumismo nocivo.   Freud,ressalta a importância da infância na construção de um ser. É razoável,portanto, um controle rígido a publicidade infantil. Para isso, o CONAR, submetido as orientações do Conanda,deve estudar aprofundadamente o conteúdo publicitário a ser apresentado, além de definir um horário para sua exposição, de modo a conter os abusos. Ademais, matérias como educação financeira devem ser aplicadas nas escola objetivando criar nos alunos consciência a respeito do consumo. Somente assim  publicidade não será abusiva e a infância devidamente  respeitada.