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Enviada em: 05/07/2018

Na 2ª Guerra Mundial, Adolf Hitler já conhecia o poder da propaganda e a utilizava para fomentar suas ideias nazistas entre os alemães. Analogamente, as empresas, hoje, utilizam dessa influencia de maneira abusiva, muitas vezes, para lucrar com a venda de produtos – por meio da modificação comportamental dos indivíduos, principalmente, as crianças, por serem mais vulneráveis. Sob essa ótica, existe uma problemática em relação à publicidade de caráter infantil no Brasil. Cabe, aqui, analisar suas razões e implicações. É preciso salientar, antes de tudo, que o cotidiano dos pais no mundo do trabalho influencia diretamente no modo como as crianças são educadas. Pois, como os familiares em sua maioria trabalham todos fora, grande parte das crianças acabam sendo educadas com base no que passa na tv. Em vista disso, as corporações investem fortemente, usando o que Karl Marx chama de fetichismo da mercadoria – agregando valor a mercadoria por meio da personificação – manipulando, dessa forma, o comportamento das crianças. No ambiente escolar, isso gera uma conotação de status e aceitação por parte dos infantis, implementando, assim, o consumo. O problema, porém, não se resume a isso, tendo em vista que o capitalismo selvagem empregado pelas corporações, utiliza a falta de discernimento das crianças para fazer com que os pais consumam. Devido ao fato dos pequenos não terem sido preparados para olhar de maneira crítica as propagandas, eles acabam vendo as coisas como simples brinquedos e fazendo com que os pais comprem coisas que não são destinadas aos adultos, mas também para as crianças – como relógio de monstros que vem junto a uma sandália que brilha, incentivando o hábito consumista desde a infância. Torna-se evidente, portanto, o problema que envolve o marketing e as crianças no país. Primeiramente, os pais precisam se atentar ao conteúdo assistido pelos juvenis, usando sempre os diálogos entre família para tal. A fim de que certos pontos apresentados pela tv sejam corrigidos, evitando, assim, a manipulação midiática. Ademais, o MEC, por meio das escolas, deve instruir os alunos, desde a infância – a discernir a linha tênue entre propaganda e manipulação midiática, por meio do ensino da filosofia e da sociologia, as quais estudam o ser humano e o meio social em que vivem. Com a finalidade de evitar que os pais sejam influenciados e que o consumismo se torne um hábito na vida dos futuros adultos.