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Enviada em: 29/07/2018

"Consumo, logo existo", a frase do sociólogo zygmunt Bauman está relacionada a uma condição intrínseca a sociedade pós moderna, o consumo. Essa característica atinge fortemente às crianças, que são influenciadas pela publicidade infantil e tem seu comportamento moldado por ela.    Primordialmente, deve-se considerar que assim como afirmado por John Locke, o ser humano é como uma tela em branco que será moldado pelas experiências e influências sob ele exercidas. Logo, no que tange a ação midiática voltada às crianças, percebe-se uma tendência no uso de personagens de desenhos, músicas infantis e oferta de brinquedos que visam chamar à atenção desse público e delinear seus hábitos. Forma-se, desse modo, um consumidor inconsciente de suas reais necessidades.    Em decorrência disso, percebe-se o estabelecimento de comportamentos não saudáveis, como o consumo de alimentos industrializados, que por sua vez, podem gerar problemas de saúde nas crianças. Fica clara, portanto, uma tendência da publicidade em priorizar os lucros sem se preocupar com as consequências. Além disso, é importante ressaltar que isso gera um processo de coisificação do ser e de humanização dos produtos, pois é criada uma ilusão de que a eles são incorporados valores necessários a sobrevivência.    Logo, diante do contexto apresentado, percebe-se a primordialidade de tomar medidas para solucionar o problema. Dessa maneira, o Poder Legislativo deve impedir a autorregulamentação da publicidade, por meio da criação de leis que ordenem a transmissão de propagandas apenas em horários específicos e impeçam o uso de personagens de desenhos, visando impedir os abusos midiáticos. Além disso, os país devem buscar diminuir os impactos das propagandas na formação de seus filhos, por meio da criação de hábitos de consumo saudáveis e controlados que sirvam de exemplo a criança.