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Enviada em: 27/08/2018

Desde o início da I Revolução Industrial, a sociedade e, sobretudo, os detentores dos meios de produção buscam lucro acima de tudo. Nesse sentido, quando se observam os rumos da publicidade infantil no Brasil, atualmente, percebe-se que as empresas se aproveitam da falta de pulso firme do Estado para explorarem as crianças. Dessa forma, convém analisarmos as consequências dessa postura irresponsável das empresas e do Governo.       É indubitável que o Estado é um dos causadores do problema. Para Aristóteles, notável filósofo grego, a política é um instrumento que deve ser usado para inibir injustiças e promover felicidade aos indivíduos. No entanto, na contramão desse pensamento, os parlamentares brasileiros pouco fazem acerca dos limites que devem ter a propaganda para o público infantil. Tal fato foi exposto pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) ao mostrar que no Brasil não há leis, apenas acordos entre o Estado e o empresariado.       Outro impulsionador do problema é a incessante busca do lucro pelos empresários. Segundo Émile Durkheim, filósofo e sociólogo francês, fato social é algo, presente na sociedade, capaz de exercer coerção sobre o indivíduo, ou seja, caso seja benéfico, todos tenderão a desejar. Desse modo, o empresariado se aproveita das brechas na regulamentação e da mente das crianças que é facilmente influenciada por fatos sociais.       Fica evidente, portanto, que o principal entrave para a resolução da problemática é a falta de regulamentação da propaganda. Destarte, o Governo brasileiro deve proibir comerciais em certos horários ou para determinadas faixas etárias, assim, o público infantil não será sobrecarregado com comerciais e as empresas não perderão significativamente seus lucros. Além disso, o Ministério da Educação (MEC) deve implantar palestras, nas escolas, para apresentar aos pais e alunos maneiras de se proteger dos conteúdos recebidos pela mídia. Dessa forma, a publicidade infantil deixará de ser um problema.